“A estabilidade é uma garantia não só do servidor, mas da sociedade”, ressalta Marques

Em entrevista ao jornal O Dia neste domingo,8, o presidente do Unacon Sindical defendeu um debate técnico em torno da proposta de reforma Administrativa, que está sendo desenhada pelo governo

Anúncios sobre a reforma Administrativa ganharam os holofotes na última semana. Embora o projeto não sido oficialmente apresentado, já se sabe que, como no governo Temer, mudanças na estabilidade, progressão funcional e rebaixamento dos salários de entrada no serviço público serão o foco da reforma. Conforme matéria publicada pelo jornal O Dia neste domingo, 8 de setembro, a aprovação dessas mudanças deve encontrar resistência, não só das entidades representativas do funcionalismo, mas também da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, no Congresso Nacional.

Em entrevista ao jornal, o coordenador da Frente, deputado Professor Israel (PV-DF) afirmou que é preciso debater a melhora do setor público sim, mas não da forma como vem se propondo. “O país precisa aperfeiçoar o serviço público, mas não aceitamos que a discussão parta do princípio de demonização do setor para a falta de moderação e de equilíbrio. Essa reforma não pode depauperar o Estado”, opinou.

A promoção de um debate em “alto nível” é justamente o que defende o presidente do Unacon Sindical, Rudinei Marques. Para ele é preciso estar claro que existem prerrogativas, como a estabilidade, por exemplo, que são essenciais para o bom funcionamento do Estado. “Temos defendido e constatado que a estabilidade é uma garantia não só do servidor, mas da sociedade. É para evitar que um novo governante mude todo quadro e traga para o serviço público seus protegidos.”

Marques também criticou a possibilidade de contratações sem concurso e lembrou que “as carreiras de Estado têm atribuições indelegáveis”. Ele citou, como exemplo, os concursos para Diplomacia que são “mais rigorosos justamente para adotar um corpo técnico capaz de fazer interlocução com outros países”.

 

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