Polícia prende cinco pessoas que enganavam aposentados em Brasília

A Polícia Civil do DF desarticulou um grupo de criminosos que aplicava o golpe do precatório em aposentadas de cinco estados e no Distrito Federal na tarde desta sexta-feira, 7 de dezembro. Cinco pessoas foram presas, todas elas em Goiânia (GO). Segundo a chefe da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Sandra Melo, o grupo agia no DF, em Goiás, em Minas Gerais, em Pernambuco, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Bráulio Cerqueira, secretário executivo do Unacon Sindical, acompanhou na chegada dos criminosos na Deam.

 

Só no Distrito Federal, foram identificadas cerca de 30 vítimas até o momento. O número completo em todo o país chega "à casa de milhares", segundo a delegada. "As investigações não se encerram com essas prisões. Ainda teremos trabalho pela frente", disse.

 

O Unacon Sindical já levou o caso para os advogados do escritório Torreão Braz. “Na segunda teremos uma reunião para decidir quais serão os próximos passos”, informou Cerqueira. O Unacon Sindical também se colocou à disposição da Polícia para colaborar no que for preciso.

 

Em Brasília, os suspeitos vão responder pelos crimes de estelionato, tentativa de estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e porte ilegal de arma, de munições e de drogas.

 

Segundo a chefe da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Sandra Melo, o grupo alvo da Operação Strike agia no DF, em Goiás, em Minas Gerais, em Pernambuco, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

 

No local das prisões, também foram apreendidos:

  • Cerca de R$ 50 mil em dinheiro
  • Uma arma irregular
  • Documentos falsos
  • Equipamentos de informática
  • Listas com nomes de vítimas
  • 4 carros comprados com o dinheiro obtido no crime

 

Como era o golpe

Os integrantes da quadrilha se passavam por membros de associações de servidores federais das quais as vítimas faziam parte – em geral, de Receita Federal ou do Judiciário.

 

Segundo a polícia, os suspeitos entravam em contato com as mulheres e informavam que elas tinham créditos resultantes de ações judiciais (precatórios) para receber. Antes disso, seria necessário realizar o pagamento de encargos à Fazenda Nacional, como Imposto de Renda, INSS e PIS.

 

"Esta é uma organização toda com divisão de tarefas, pra que eles pudessem ser realmente bem convincentes", explicou a delegada. "Com o material que foi apreendido, ele agora vai ser todo cruzado com a investigação. Então pode ser que no próprio material a gente identifique outras vítimas e também vai acontecer de outras vítimas nos procurarem", concluiu.

 

As quantias pagas geralmente variavam entre R$ 7 mil e R$ 24 mil, mas uma idosa do DF chegou a fazer um depósito de R$ 96 mil.