2ª Conferência: talk show encerra evento, com discussão sobre carreiras típicas de Estado

     A 2ª Conferência Nacional das Carreiras Típicas de Estado promoveu na tarde de ontem (13), último dia do evento, um talk show. A conferência, realizada pelo Fonacate no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, em Brasília, foi iniciada anteontem (12).

     Com o tema “O Papel das Carreiras Típicas de Estado na Construção e Implementação de um Projeto Nacional de Desenvolvimento”, o talk show foi mediado pelo jornalista Luciano Pires e teve como expositor o pesquisador do Ipea, Ronaldo Coutinho Garcia. A mesa foi presidida por Bruna Mara Couto, presidente da Auditar. O evento contou ainda com dois convidados da plateia: Rômulo Neves, diplomata indicado pelo Sinditamarati, e o analista de planejamento e orçamento Márcio Oliveira, indicado pela Assecor.


     Ronaldo Garcia avaliou que é importante discutir a função do Estado no desenvolvimento nacional. “Debates como este de hoje podem lançar as bases para um projeto nacional de desenvolvimento, e o Estado é protagonista neste processo. Nenhum país se desenvolveu sem o Estado”, ressaltou. Garcia ainda destacou a importância de ter servidores comprometidos com a causa nacional: “Servidores públicos organizados e comprometidos com o bem comum e o interesse geral do povo constituem a primeira trincheira de defesa de um projeto nacional”. Ele ainda criticou a passividade dos servidores diante de questões como o sucateamento de alguns setores do governo.

     Por sua vez, Márcio Oliveira analisou que os servidores públicos precisam avançar no debate para gerar desenvolvimento. “Tentarmos fazer um pouco mais do que o simples cumprimento de nossas tarefas cotidianas. (…) Precisamos buscar pautas paralelas às reivindicatórias para garantir esse desenvolvimento nacional”, disse.

     Já Rômulo Neves observou que as carreiras típicas de estados deveriam ser indutoras do desenvolvimento. “Mas não é isso que acontece. (…) É possível que nós façamos a contribuição para o projeto de desenvolvimento. Mas não é só possível, é desejável, e são as pessoas que estão aqui que podem fazer essa colaboração. Mais: não só é possível, como é desejável, mas é necessário. A gente precisa dar o retorno à sociedade do investimento feito nestas carreiras”, constatou.

     A presidente da Auditar, Bruna Couto, concluiu o debate: “Fico satisfeita de ver neste fórum que os servidores têm preocupação com o envolvimento no projeto de desenvolvimento do nosso pais. Isso me faz crer que a gente está melhorando, que o país está evoluindo”.

     O talk show foi o último evento da 2ª Conferência do Fonacate. O presidente do Fórum, Jorge Cezar Costa, que também é presidente da ANFIP, fez o encerramento do encontro e lembrou a importância de fortalecer as carreiras típicas de Estado. “Isto que é fundamental, precisamos deixar definido para a sociedade que fortalecer as carreiras não é nada mais, nada menos, do que defender um Estado que presta um serviço cada vez melhor para a própria sociedade”, finalizou Jorge Cezar.

Fonte: Anfip