Com informações do Sinal – 26/07/2011
As mais de 30 entidades sindicais que compareceram à reunião convocada pelo MPOG, no último dia 21, para tratar da política salarial do servidor público saíram desapontadas do encontro.
O secretário de Recursos Humanos (SRH) do MPOG, Duvanier Ferreira Paiva, foi curto e grosso ao negar as principais demandas dos servidores.
O secretário afirmou que não faria sentido conceder reajuste linear agora, mesmo que emergencial, pois ainda há enormes discrepâncias a serem corrigidas entre as carreiras.
Lembrado pela bancada sindical de que a falta de reajuste geral anual implica em descumprimento de preceito constitucional, Duvanier manteve a diretriz governamental.
A definição de uma política permanente de reajuste para os servidores poderá ser discutida a partir de agora, mas a ser implantada em longo prazo.
A SRH priorizará as pendências com as carreiras que ainda não foram contempladas por reestruturação. Somente após a definição dos gastos com aquelas carreiras a SRH avaliará a possibilidade orçamentária de conceder reajuste às carreiras contempladas no Governo Lula.
Duvanier afirmou, ainda, que a SRH não negociará mais as demandas coletivas com o fórum geral de carreiras com pleitos coletivos. As negociações passarão a ser conduzidas em fóruns específicos a serem instalados imediatamente, mas com propostas de médio e longo prazos.
O secretário disse que os reajustes, se vierem, serão concedidos em 2013 e 2014.
Os representantes sindicais deixaram claro ao secretário que o desinteresse do governo em apresentar uma política salarial permanente empurraria os servidores públicos para a greve. Duvanier afirmou que a greve é um direito constitucional, mas significa conflito, enquanto o governo prega o esforço pelo diálogo.
Hoje (26), as entidades do Ciclo de Gestão (do qual o UNACON SINDICAL faz parte) e Núcleo Financeiro têm encontro previsto para debater os rumos da campanha conjunta.