Instaladas as mesas de negociação

Às 18 h desta quarta-feira, teve início a primeira reunião de negociação salarial da carreira Finanças e Controle com a Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento. As mesas setoriais das carreiras de Estado estarão todas instaladas até o dia 12 de abril. Os Analistas e Técnicos de Finanças e Controle estiveram representados pelo presidente do UNACON Sindical, Rudinei Marques, pela vice-presidente, Márcia Uchôa, e pelo diretor Filipe Leão.

Na abertura das negociações, o presidente da Associação dos Analistas de Comércio Exterior, Rafael Marques, entregou ao Secretário Sérgio Mendonça um documento conjunto e proposta salarial das categorias ali representadas. Para o dirigente, a nova etapa do desenvolvimento econômico do país enseja reestruturação da política salarial no que diz respeito às carreiras do Ciclo de Gestão e do Núcleo Financeiro, responsáveis, em grande medida, pelo equilíbrio fiscal, pelas políticas de investimento e pelo zelo na aplicação dos recursos federais, dentre outras atribuições.


Para Ségio Belsito, presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central, chegou o momento de o Governo Federal estabelecer uma política salarial permanente para os servidores. Deve resolver, ainda, o problema da evasão para outras carreiras no âmbito do executivo federal e, mesmo, para órgãos estaduais, para os quais a União vem perdendo excelentes quadros funcionais.

Em sua fala, o presidente do UNACON Sindical, Rudinei Marques, afirmou que a inércia vigente no tocante à valoração do trabalho das carreiras de Estado precisa ser superada. “Na última década houve um rearranjo da burocracia estatal. Algumas funções se destacaram nesse novo cenário, mas até o momento não foram suficientemente reconhecidas. Por exemplo, as atividades de prevenção e combate à corrupção, de estímulo à transparência da gestão pública e de articulação com organismos internacionais, a cargo da CGU. No Tesouro Nacional, poderíamos referir a eficiência na gestão da dívida pública, as aplicações do Fundo Soberano e operações do Tesouro Direto, funções que exigem um corpo técnico altamente qualificado”.

O Secretário Sérgio Mendonça, por sua vez, assentiu quanto aos argumentos dos dirigentes, dizendo que “o fundamento da discussão é muito forte, pois o Estado tem que promover e induzir o desenvolvimento e, para isso, os servidores aqui representados têm um papel essencial”. Em resposta aos dirigentes, Mendonça agendou nova reunião para o dia 11 de maio, quando o Governo apresentará sua contraproposta.