Dando continuidade à mobilização nos Estados, a Diretoria Executiva Nacional reuniu-se na tarde desta segunda-feira, 7, a convite do Delegado Sindical, Silvestre Cabral, com Analistas e Técnicos de Finanças e Controle de Goiás. Em debate, a campanha salarial, a mobilização conjunta e diversas questões ligadas aos trabalhos do Órgão de Controle. Pela DEN, estiveram presentes Rudinei Marques e Filipe Leão. Além de dezenas de servidores locais, prestigiou o evento o Chefe da CGU-Regional/GO, Dilermando José da Silva.
Na fala dos servidores, ganharam ênfase questões que extrapolam a pauta salarial, máxime aquelas relativas à qualidade dos trabalhos da CGU: “Precisamos dar um basta às auditorias ‘relâmpago’, ao excesso de procedimentos, às fiscalizações ‘pós-escândalo’, aos equipamentos obsoletos, à priorização de atividades inócuas, à precariedade do planejamento das ações de controle e às ordens de serviço vazias”, foram algumas das críticas.
Houve críticas, também, à falta de Equipamentos de Proteção Individual – EPI nos trabalhos de campo: “cobramos dos órgãos fiscalizados que forneçam EPI aos seus empregados, a exemplo dos agentes de saúde, mas a própria CGU não se preocupa em proteger seus servidores de riscos à segurança e quanto à saúde no trabalho. Enfrentamos sol e chuva, como nas fiscalizações de programas de eletrificação rural, e não recebemos orientações nem equipamentos adequados para essas atividades. Acumulam-se licenças médicas e nenhuma providência é tomada”, desabafaram servidores presentes.
Para a DEN, é necessário reforçar o diálogo com a Administração do Órgão na busca de soluções. “Já reunimos com a Secretaria-Executiva, alertamos em relação a essas cobranças, que são comuns em todo o país, protocolamos ofício pedindo providências, mas até o momento as coisas não evoluíram como gostaríamos. A CGU assumiu várias funções nos últimos anos, mas não se preocupou em buscar suporte adequado a essas frentes de trabalho. Há falta de servidores, de equipamentos e de logística adequada às novas atividades. Deve-se focar no essencial e descartar o resto, sob pena de colapso”, resumiram os dirigentes.
O Diretor Filipe Leão comentou episódios relativos ao concurso de remoção do Órgão, que causaram grande descontentamento aos servidores interessados. “Buscamos o diálogo, mas não tivemos alternativa senão o ajuizamento, que deve ocorrer ainda esta semana”, disse. O dirigente comentou ainda as ações do Sindicato junto ao Congresso Nacional, a exemplo da Lei de Responsabilização das Pessoas Jurídicas, do PL 2203/2011, da PEC 45/2009 e da PEC 147/2012.