Em reunião realizada na manhã desta terça-feira, 17 de julho, na sede do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical), entidades que integram a campanha salarial conjunta das carreiras de Estado decidiram dar um basta à protelação das negociações com o Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão. Além dos atos públicos já programados para os dias 19 e 26 de julho, serão submetidos às categorias indicativos de paralisação no mês de agosto.
Foi consenso entre as entidades que a mobilização vem crescendo entre as categorias, mas ainda não foi suficiente para sensibilizar o Governo Federal quanto à necessidade de reposição das perdas inflacionárias desde o último reajuste. Deste modo, as carreiras avaliam que a greve por tempo indeterminado é a única alternativa, uma vez que dois anos já foram desperdiçados na tentativa de uma solução dialogada.
Para Rudinei Marques, presidente do Sindicato o grupo União das Entidades está em um momento decisivo. “Não só nossa aliança, mas o próprio valor dos dirigentes das entidades que a integram estão passando por um momento de provação. Ou fazemos valer a força da nossa coesão com um greve geral das carreiras de Estado ou cada entidade buscará soluções isoladas, o que não seria aconselhável neste momento”, afirma.
Como deliberações, serão reforçados os atos públicos dos dias 19, em São Paulo, e 26, em Brasília. As entidades convocarão assembleias das respectivas categorias entre os dias 30 de julho e 3 de agosto para votar o indicativo de paralisação nos dias 7 e 8 de agosto e, ainda, de greve por tempo indeterminado a partir do dia 13 do mesmo mês. Para viabilizar as manifestações, os integrantes vão ingressar com ações judiciais visando garantir o direito de greve sem corte de ponto.