A decisão faz parte de uma ampla mobilização de 23 entidades de servidores públicos federais, incluindo os do Banco Central
Brasília. A pressão em cima do governo federal por aumento salarial de servidores cresceu ontem com a paralisação no Tesouro Nacional e na Controladoria Geral da União (CGU), num movimento que deve se estender para outras entidades da área econômica e culminar com uma ampla greve a partir do dia 20.
Os servidores pedem aumento salarial e protestam contra a falta de negociação com o governo, segundo o Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon), que representa as categorias.
De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a paralisação afetou operações de compra de títulos públicos no site do programa Tesouro Direto.
Impediu também a realização de alguns sorteios de municípios que receberiam auditores da CGU para analisar as contas das administrações regionais. A paralisação de ontem, segundo o Unacom, atinge aproximadamente metade dos funcionários e deve durar até hoje.
Essa greve faz parte de uma ampla mobilização de 23 entidades de servidores públicos federais divididos nos seguintes setores: advocacia e defensoria federais, auditores do fisco e do trabalho, delegados e peritos da Polícia Federal, e do ciclo de gestão e do núcleo financeiro. Isso envolve servidores do Planejamento, Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários e Itamaraty.
A greve a partir do dia 20 deve ocorrer caso o governo não apresente proposta de aumento salarial. O Ministério do Planejamento receberá as categorias na próxima semana, mas alguns setores podem ter a reunião adiada.
“Se até o dia 20 não tiver proposta nós vamos entrar em greve. Como já foi aprovado em assembleia”, disse o presidente do sindicato dos servidores do BC (Sinal), Sérgio Belsito.