Comando decide futuros da campanha

Na tarde desta sexta-feira, 17 de agosto, os dirigentes sindicais que compõem o Comando Nacional de Mobilização (CNM) debatem o futuro da campanha salarial da carreira. O encontro foi realizado na sede do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical), no dia que antecede a reunião com a Secretaria de Relações do Trabalho. A preocupação do grupo esteve centralizada na proposta de reposição salarial que será apresentada neste sábado, 18. Dirigentes apostam na continuidade da mobilização, caso a proposta do governo esteja aquém das expectativas da carreira.

O resultado das negociações do governo realizadas com o funcionalismo, até o momento, serviu de parâmetro para a reunião (leia mais aqui). “A proposta de 5pri% em 2013 é insuficiente. Não chega a 1/4 da nossa reivindicação. Ainda mais com implementação parcelada, o que significa engessar negociações futuras. Só é bom para o governo, que não terá que se preocupar com novos protestos nos próximos anos”, argumenta Carlos Leite, delegado sindical do Rio Grande do Sul.

Todos concordaram que o valor é inferior às necessidades já expostas. “O valor é insignificante, face à corrosão salarial. Não podemos aceitar uma proposta dessa ordem. Fazer isso seria menosprezar nossa luta e capacidade de mobilização. Em princípio, mas isso vai depender de votação nacional da categoria, acredito que os filiados vão rejeitar”, afirma Rudinei Marques, presidente do Sindicato.

Segundo Carlos Gil, delegado sindical do Rio de Janeiro, é corrente entre os servidores do Estado o consenso de não aceitar proposta inferior à oferecida aos demais segmentos das carreiras de Estado. 

A reunião terá continuidade no próximo sábado, 18, na sede do Unacon Sindical, antes da reunião com o governo, marcada para às 10h30.