Lacunas no desemprego

Correio Braziliense – 24/08/2012

 

 

A greve parcial dos funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) impediu a divulgação da taxa média de desemprego de julho ontem. Em junho, também houve atraso.

Os dados referentes ao mercado de trabalho das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Salvador sobre o desempenho de julho foram coletados, porém não analisados. Em consequência disso, o IBGE optou por informar apenas os resultados de quatro das seis regiões metropolitanas que compõem o indicador.

Os dados parciais mostram que a taxa de desemprego em São Paulo caiu para 5,7% em julho, ante 6,5% em junho. Em Porto Alegre, houve redução para 3,8%, ante 4% em junho.

Belo Horizonte registrou uma taxa de desemprego de 4,4% em julho, levemente inferior aos 4,5% no mês anterior. A região do Recife foi a única que mostrou uma taxa de desemprego maior no período, de 6,5%, frente aos 6,3% registrados antes.

O IBGE informou também que, em julho passado, o rendimento médio real do trabalhador caiu nas regiões metropolitanas do Recife (-3,5%), de Belo Horizonte (-1,8%) e de São Paulo (-1,1%) quando comparado com junho. Na área metropolitana de Porto Alegre, ficou estável.
Na comparação anual, todas as regiões metropolitanas tiveram acréscimo do rendimento médio real.

O baixo nível de desemprego e o aumento da renda ajudavam na recuperação da economia brasileira, afetada pela crise internacional.
A divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, programada para o dia 31 deste mês, foi reiterada nessa quinta-feira pela direção do IBGE, mesmo com os prejuízos causados pela greve dos servidores.