Na avaliação dos dirigentes, UCE veio pra ficar

O Grupo União das Carreiras de Estado (UCE) esteve reunido na manhã desta quarta-feira, 29 de agosto, no Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional). O encontro teve como objetivo avaliar a Campanha Salarial conjunta e a continuidade do grupo na luta por outras questões em comum. Entidades como a Associação Nacional dos Oficiais de Inteligência (AOFI) destacaram a relevância do UCE e agradeceram a acolhida no grupo, em especial, a receptividade e o desempenho do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical).

Na avaliação dos dirigentes sindicais, a criação do grupo foi de extrema importância. Para eles, o UCE foi um posicionamento estratégico que deu certo e exerceu papel fundamental durante toda a Campanha.

Rudinei Marques, presidente do Unacon Sindical fez questão de lembrar quais foram os propósitos que motivaram a criação do grupo. “Nossa união esteve marcada por três eixos: a força na mobilização conjunta, o trabalho parlamentar e a atuação junto ao (poder) executivo. Por isso afirmo que agora devemos nos concentrar nos próximos passos do grupo, como a regulamentação da lei de greves no serviço público, a Convenção nº 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a implementação de uma política permanente de pessoal do setor público. Neste último, estando incluso uma política remuneratória bem estabelecida”, afirma o dirigente que vê a possibilidade de converter o grupo em uma Confederação das Entidades Representativas das Carreiras de Estado. “Vamos estudar isso com calma”, sugere Marques.

Marcos Leôncio Souza, presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), acredita na força do grupo e no espaço político que conquistou. “O UCE surgiu em um momento chave das negociações salariais. O grupo teve poder e força para conseguir reverter a intenção inicial do governo de conceder reajuste zero para o segmento. Agora temos que dar continuidade e prosseguir juntos na defesa de atividades comuns e compartilhando informações úteis para garantir um Estado de qualidade”.

Segundo Álvaro Sólon, presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip) o momento é ideal para reafirmar a coesão do grupo. “Precisamos aproveitar a sinergia criada entre as entidades para uma discussão mais profunda sobre o Estado brasileiro. Outra missão será nos mantermos atentos à regulamentação do nosso direito de greve”, exclama Sólon que comunicou aos dirigentes que o senador Paulo Paim (PT/RS) na última terça, 28, ficou de propor uma audiência pública sobre o direito de greve do servidor, com a participação da ANFIP e das demais entidades representativas do funcionalismo.

 

Sobre o rumo da campanha, Ayrton Eduardo Bastos, presidente do Conselho de Delegados Sindicais do Sindifisco Nacional vê a confirmação de um feito nunca antes consolidado, o UCE, antes de tudo. “Conseguimos algo inédito: mudar o rumo da campanha. Graças ao nosso movimento que parte das entidades puderam assinar proposta com o governo. As demais que não firmaram acordo prosseguem com a pauta salarial”, lembra.

 

Nayara Young