A entidade segue com o compromisso de visitar todas as regionais pelo menos uma vez ao ano por meio do projeto Unacon Itinerante. Apenas no mês de abril, a Diretoria Executiva Nacional (DEN) esteve em quatro regionais diferentes. Rio Grande do Norte e Pernambuco receberam os dirigentes no dia 3 de abril. O encontro com a regional de Alagoas foi logo em seguida, no dia 4. A mais recente foi em Goiás, no dia 24 de abril. Além de falar sobre as atividades político-sindicais, os dirigentes participaram de debates locais sobre a qualidade das ações de controle e a melhoria do clima organizacional. A realização de audiências públicas no mês de maio também esteve em pauta. Rudinei Marques e Filipe Leão, presidente e diretor do Sindicato, respectivamente, participaram os encontros.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
A DEN aproveitou para dar total transparência dos recursos administrados. Foram apresentados o novo Caderno da Transparência e os principais números em termos de arrecadação, despesas e filiações durante a atual gestão. “Não se faz sindicalismo combativo e profissionalizado sem investimentos pesados. Precisamos custear liberações para termos dirigentes com dedicação exclusiva, dentro do Sindicato. Mas também investir em assessoria jurídica e parlamentar e, é claro, em divulgação das competências da carreira e suas áreas de atuação. É nossa obrigação, portanto, prestar contas dos recursos geridos. Desde que assumimos temos elaborado o Caderno da Transparência e os filiados recebem essas informações em casa, numa linguagem direta e acessível”, comenta Leão.
ATUAÇÃO POLÍTICO-SINDICAL
Em todas as reuniões, Marques fez um balanço das atividades do ano anterior, assim como das perspectivas para 2013. “O ano de 2012 foi dominado pela campanha salarial. E as Regionais fizeram a sua parte, com participação ativa nesse processo, o que foi determinante para o êxito da mobilização nacional. A categoria tomou sua decisão na hora certa para que, ainda no mês de setembro, fosse possível nos dedicarmos a outras frentes de ação. Com isso ganhamos tempo e retomamos a articulação intersindical e com os movimentos sociais”, lembra.
Eventos que serão realizados no mês de maio foram divulgados com exclusividade em Goiânia, última capital visitada. Como o ato público pela revisão da dívida dos estados e municípios com a União, no dia 15 de maio, na sede nacional da OAB (leia mais aqui). Tema que, segundo os dirigentes, será fundamental para que o país retome o espaço público. “Estamos participando da organização, aportando recursos e assessoria profissional dos funcionários do Sindicato para que o evento atinja todos os objetivos”, lembra Marques.
A realização das duas audiências públicas na Câmara dos Deputados, também foi lembrada como fruto do intenso trabalho parlamentar do período. “Aos poucos estamos retomando um espaço legítimo do Sindicato”, destaca Leão. As audiências públicas estão previstas para o dia 14, com a proposta de abordar os recursos humanos no serviço público federal, e para o dia 28, com o objetivo de realizar um balanço dos 10 anos da Controladoria-Geral da União (CGU).
PONTO ELETRÔNICO
“Considerada um desserviço à carreira de Finanças e Controle, a intenção do novo Secretário-Executivo da CGU de implantar controle rígido de frequência tem desagradado servidores em todo o país”, relata Leão, após as reuniões.
Os dirigentes pontuam com base no argumento dos servidores. “Em primeiro lugar, porque ignora 12 meses de discussão entre o Sindicato e o Órgão; em segundo, por não tratar questões que antecedem esse debate, como a regulamentação do banco de horas e do sobreaviso no serviço público federal; em terceiro, porque a natureza das atribuições de Analistas e Técnicos de Finanças e Controle da CGU, eminentemente de trabalhos de campo de auditoria e fiscalização, não enseja um sistema de controle rígido como o que está sendo proposto; e em quarto, porque pode aumentar a já pesada carga de trabalho dos chefes imediatos, com uma burocracia desnecessária de controle”, argumenta Marques.
“Se o Secretário Carlos Higino acreditasse que esse tipo de controle agregaria algo em termos de produtividade e qualidade dos trabalhos, teria adotado essa sistemática no âmbito da Secretaria da Transparência do Distrito Federal, quando foi seu dirigente e, efetivamente, não o fez. Aliás, se fosse para trazer experiências de outros órgãos federais, o Secretário poderia adotar o home office praticado na Receita Federal, da qual ele é servidor de carreira, o que estaria mais em sintonia do que vinha sendo discutido entre a CGU e o Unacon Sindical”, pontua o presidente do Sindicato.
ELEIÇÃO E NOVOS ESTATUTOS
Na Regional do Rio Grande do Norte, o diálogo com os servidores foi realizado durante Assembleia Geral para reformar os estatutos locais. A reunião foi aberta pelo chefe da CGU-Regional/RN, Moacir Rodrigues de Oliveira, com saudação aos dirigentes sindicais e o desejo de mais integração “daqueles que lutam pelo futuro da carreira e da instituição”, diz. O presidente da regional, Antônio José da Silva, apresentou as principais alterações no documento. O texto submetido foi aprovado e irá contribuir com a adequação do estatuto nacional.
Em Goiás, com o final do mandato de Silvestre Cabral, novo dirigente deve ser escolhido na próxima semana. O Analista Jaci Fernandes Sobrinho era o único candidato inscrito, até o dia da visita da DEN. A intenção em substituir Silvestre se deve, segundo ele, ao reconhecimento das mudanças implementadas no Sindicato pela atual gestão. “Gostaria aqui de parabenizar a Diretoria Nacional por ter reconquistado a confiança dos servidores da Casa, por meio de ações concretas em prol da carreira e da instituição. É claro que há muito por fazer, mas estou à disposição para esse trabalho”, disse. A plataforma eleitoral do candidato está em sintonia com as diretrizes aprovadas na segunda edição do Congresso Nacional da Carreira de Finanças e Controle (II Conacon). Até 2012, Jaci chefiava a CGU-Regional/PB.