Eduardo Campos morre em Santos após queda do avião em que viajava
Jato caiu sobre casas em um bairro residencial da cidade, no litoral paulista. Presidenciável do PSB tinha viajado para cumprir agenda de campanha
Fonte: G1
O candidato a presidente do PSB, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morreu na manhã desta quarta-feira (13) após a queda do jato particular em que viajava em um bairro residencial em Santos, no litoral paulista.
Campos tinha uma programação de campanha em Santos nesta quarta. De acordo com a assessoria do candidato, ele participaria às 8h, às 9h30 e às 14h30 de entrevistas a emissoras de televisão locais. Às 10h30, concederia uma entrevista coletiva às 12h30 participaria de um seminário sobre o Porto de Santos.
A bordo da aeronave, estariam sete pessoas, das quais cinco passageiros, entre eles Campos. A Polícia Federal enviou seis peritos para Santos a fim de trabalhar na apuração da causa do acidente. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) se deslocou para a cidade depois de tomar conhecimento da morte de Campos. Em 2005, no mesmo dia (13 de agosto), morreu o avô do presidenciável, Miguel Arrais, de quem Campos era herdeiro político.
“Estamos muito chocados com tudo”, afirmou o deputado federal Marcio França (PSB), presidente do diretório estadual do partido em São Paulo.
França afirmou que Campos estava acompanhado de integrantes da equipe da campanha, como jornalistas e fotógrafo. Ele relatou que a mulher de Campos e o filho não estavam no jato – eles voltaram para Pernambuco em um avião de carreira.
No Congresso, parlamentares falaram sobre o episódio. O deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) disse que foi informado da queda da aeronave pelo deputado Márcio França (PSB). “Estou atordoado. Parece que perdemos o Eduardo, uma liderança da nossa geração”, declarou Delgado antes de saber da confirmação da morte.
No perfil da Rede Sustentabilidade no Twitter, foi publicada a seguinte nota: “Todos estamos chocados com a morte de Eduardo Campos, em queda de avião hoje de manhã. Marina Silva segue agora para Santos (SP)”. A ex-senadora Marina Silva é a candidata a vice na chapa de Campos. Como o partido dela, a Rede Sustentabilidade, não conseguiu registro a tempo para concorrer na eleição deste ano, ela se filiou ao PSB.
A Aeronáutica divulgou nota informando sobre a queda do avião, que saiu do aeroporto Santos Dumont, do Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto do Guarujá, cidade vizinha de Santos.
Leia a íntegra da nota:
O Comando da Aeronáutica informa que nesta quarta-feira (13/08), por volta das 10h, uma aeronave Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, caiu na cidade de Santos, no litoral de São Paulo.
A aeronave decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave.
A Aeronáutica já iniciou as investigações para apurar os fatores que possam ter contribuído para o acidente.
Brasília, 13 de agosto de 2014.
Campos e mais seis morrem em acidente em Santos, diz Aeronáutica
Autor: Fábio Mendes
Fonte: Folha de São Paulo
O presidenciável Eduardo Campos (PSB) e outras seis pessoas morreram no acidente de uma aeronave que caiu na manhã desta quarta-feira (13), em Santos, litoral sul de São Paulo.
A informação é da Aeronáutica.
De acordo com nota da prefeitura de Santos, as sete vítimas que estão sendo atendidas no Pronto-Socorro central não estavam na aeronave. Elas não correm risco de morrer.
Além do político, estavam na aeronave:
1. Alexandre Gomes e Silva
2. Carlos Augusto Leal Filho (assessor de Campos)
3. Geraldo da Cunha (piloto)
4. Marcelo Lyra (fotógrafo da campanha)
5. Marcelo Martins (piloto)
6. Pedro Valadares Neto (assessor de Campos)
ACIDENTE
A aeronave teria partido do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino a Santos (SP). O acidente aconteceu na rua Vahia de Abreu, no bairro do Boqueirão, região central de Santos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, ao menos sete ficaram feridas. O Corpo de Bombeiros informou que enviou oito carros para socorrer as vítimas no local do acidente.
Políticos e parlamentares aguardavam por Campos no Guarujá, mas ele não apareceu, e nenhum de seus telefones respondia aos chamados. Pela rota do avião, do Rio até o Guarujá, tudo indicava que ele estava entre as vítimas do acidente.
Esvaziada, CPI da Petrobras adia análise de requerimentos
Autora: Gabriela Guerreiro
Fonte: Folha de São Paulo
Por falta de quórum, a CPI da Petrobras do Senado não conseguiu nesta quarta-feira (13) realizar sessão para a análise de requerimentos. Desde as denúncias de que a presidente da Petrobras, Graça Foster, e ex-diretores da estatal receberam antecipadamente as perguntas que responderiam na CPI, a comissão de inquérito não se reúne para continuar os trabalhos de investigações.
O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), já admite prorrogar o prazo de trabalhos da comissão, previsto para terminar em 14 de novembro.
A falta de quorum, segundo Vital, é consequência do esvaziamento do Congresso em ano eleitoral. O Legislativo decretou “recesso branco” e liberou os congressistas para permanecerem nos Estados em campanha, sem cortes nos salários.
“Só funciona no Senado as CPIs. Os parlamentares estão todos em atividade eleitoral”, afirmou. “Estou preocupado com a ausência de quórum porque cria problema de continuidade nos trabalhos da CPI. Eu quero encerrar no dia que deve ser encerrado dentro do limite. Mas se houver a prorrogação, nós vamos continuar”, completou.
Vital convocou a próxima sessão da CPI do Senado para o dia 3 de setembro, quando o Congresso promete fazer um novo “esforço concentrado” de votações antes das eleições de outubro. Até lá, a CPI do Senado –que é integrada somente por governistas– não terá atividades.
Vital disse que a comissão de sindicância instalada no Senado para apurar a denúncia do repasse do “gabarito” das perguntas a dirigentes da Petrobras já começou a ouvir servidores acusados de envolvimento no esquema. A expectativa do senador é que a comissão tenha respostas “o mais rápido possível” sobre o caso.
Na semana passada, a CPI também cancelou a sessão. Apenas quatro senadores compareceram à reunião, o mesmo número registrado nesta quarta. Para a votação de requerimentos, o quórum mínimo exigido pelas regras do Senado é de sete senadores presentes.
À tarde, está prevista reunião da CPI mista da Petrobras (com deputados e senadores) para um novo depoimento do ex-diretor da estatal Nestor Cerveró –apontado pela presidente Dilma Rousseff como responsável pelo “parecer falho” que autorizou a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
REQUERIMENTOS
Estão na pauta da CPI do Senado seis requerimentos que pedem ao TCU (Tribunal de Contas da União) e à CGU (Controladoria Geral da União) o repasse de auditorias, tomadas de contas e outros processos relacionados à compra da refinaria de Pasadena e à segurança das plataformas da estatal.
Os membros da comissão também querem ter acesso à cópia do relatório final e outros documentos elaborados pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro sobre o acidente na plataforma P-36, em 2001.
A maioria dos documentos está à disposição da CPI, mas Vital disse que os requerimentos permitem acesso mais facilitado aos congressistas.
Não está na pauta da CPI do Senado pedido para que a ex-contadora de Alberto Youssef, Meire Poza, preste depoimento sobre as atividades do doleiro.
Meire Poza é apontada pela PF como a principal testemunha da Operação Lava Jato ao relatar como funcionava o esquema de pagamento de propina intermediado pelo doleiro, que tinha nas numa das pontas empreiteiras e na outra empresas públicas como a Petrobras.
Sem quórum, CPI da Petrobras adia novamente análise de requerimentos
Fonte: Agência Senado
Pela segunda vez, a CPI da Petrobras não obteve quórum para análise da pauta prevista para a manhã desta quarta-feira (13). Há seis requerimentos pendentes de votação,todos para solicitar cópias de documentos a órgãos públicos. A maioria dos pedidos é do relator José Pimentel (PT-CE).
O presidente da comissão de inquérito, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), bem que tentou; mas depois de esperar os 30 minutos regimentais, conseguiu a presença de apenas quatro parlamentares e nem abriu a reunião. Seriam necessários sete, pelo menos, para haver deliberação.
O presidente lamentou a ausência de quórum:
– No Senado só têm funcionado o Plenário e as CPIs. Muitos parlamentares estão em atividade eleitoral. Lamentavelmente não tivemos condições de votar – afirmou.
A CPI só volta a se reunir em 4 de setembro, na semana do próximo esforço concentrado do Senado.
Requerimentos
Dos seis requerimentos da pauta, três são pedidos de dados relacionados à compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Foram as denúncias de irregularidades na compra dessa refinaria que deram início às tentativas de criação da CPI. Os pedidos são endereçados ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Controladoria-Geral da União (CGU).
TCU e CGU também receberam solicitações para envio de cópias de auditorias, tomadas de contas e outros processos relativos à segurança em plataformas de exploração de óleo e gás.
Há ainda pedido para que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) forneça cópias do relatório final e das atas, notas taquigráficas e demais documentos das comissões permanentes, temporárias ou de inquérito que investigaram o acidente na Plataforma P-36. A tragédia, ocorrida em 2001, deixou 11 pessoas mortas.
Eletrobras tem prejuízo líquido de R$ 105 milhões no 2º trimestre
Mesmo registrando um aumento da receita, a Eletrobras teve prejuízo devido ao aumento de custos com energia comprada
Fonte: O Estado de São Paulo
A Eletrobrás registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 105 milhões no segundo trimestre de 2014, ante lucro líquido de R$ 164 milhões no mesmo período de 2013. O resultado foi pressionado por custos maiores gerados por energia comprada para revenda.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado foi de R$ 465 milhões positivos, ante Ebitda negativo de R$ 88 milhões um ano antes.
Já a receita operacional líquida da estatal alcançou R$ 6,867 bilhões de abril a junho deste ano, aumento de 14,5% sobre igual intervalo de 2013. O custo da energia comprada, no entanto, saltou quase 36% ante o segundo trimestre de 2013, para R$ 2 bilhões.
O resultado também foi impactado negativamente por despesas judiciais de R$ 360 milhões e por provisão de R$ 131 milhões para perdas no ativo financeiro, disse a empresa no balanço.
Atraso no repasse de verba do Tesouro à Caixa cria conflito dentro do governo
Banco teve de desembolsar verba própria; Advocacia-Geral da União criou uma câmara de conciliação para resolver o problema
Fonte: O Estado de São Paulo
A pedido da Caixa Econômica Federal, a Advocacia-Geral da União (AGU) criou uma câmara de conciliação para arbitrar um conflito interno no governo envolvendo atrasos nos repasses do Tesouro Nacional ao banco estatal para o pagamentos de despesas com programas sociais, como o Bolsa Família.
Questionada pela área de fiscalização do Banco Central (BC) por causa de “descompassos” nos saldos dessas contas que bancam 15 diferentes programas sociais, a Caixa pediu o auxílio da AGU. “A Caixa fez um pedido para abrirmos na AGU uma câmara de conciliação, que serve para resolver conflitos entre órgãos da União”, afirmou ao Estado o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. A câmara envolve a Caixa, o Banco Central e o Tesouro Nacional. “Os trabalhos da câmara podem evoluir para um parecer técnico”, afirmou Adams.
A Caixa é a responsável pelos pagamentos dos benefícios sociais, mas a maior parte deles é financiada com dinheiro do Tesouro Nacional e uma minoria com recursos de Estados e municípios. Os atrasos nos repasses do Tesouro para a Caixa, que tem mantido os pagamentos em dia, poderiam ser a razão da “discrepância” apontada pelo Banco Central no balanço da Caixa Econômica Federal.
No ano passado, a Caixa recebeu R$ 71 bilhões para o pagamento de 249 milhões de benefícios dos diversos programas sociais. A maior parte dessa receita é de desembolsos do Tesouro. No primeiro semestre deste ano, o banco estatal recebeu R$ 45 bilhões de repasses.
O atraso nos repasses melhora as contas públicas ao reduzir as despesas do Tesouro e elevar o desempenho da economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública, o chamado superávit primário.
No momento, segundo a Caixa, o saldo da conta de repasses é “regular”, isto é, está positivo. A movimentação para o pagamento do Bolsa Família, por exemplo, fechou julho no azul em R$ 502 milhões. Esta, também, foi a resposta do Tesouro Nacional.
“Os repasses da Secretaria do Tesouro Nacional para pagamento de benefícios sociais, entre eles o Bolsa Família, seguem a programação financeira e não há qualquer anormalidade no processo de transferência. O saldo nas contas dos programas sociais está atualmente positivo”, disse o Tesouro, por meio de assessoria de imprensa.
De acordo com os contratos firmados entre os ministérios e a Caixa, onde o banco estatal funciona como gestor dos programas, são previstos atrasos nos repasses financeiros do Tesouro para a Caixa. Quando esses atrasos acontecem, o banco é obrigado a continuar os pagamentos normalmente sem que haja problemas na ponta final.
Atrasos. Nos contratos, o processo de repasses garante recursos para pagamentos dos benefícios dos programas sociais e prevê ainda a compensação dos custos financeiros decorrentes da diferença entre os saldos positivos e negativos, informou a Caixa. São esses saldos que o Banco Central fiscaliza.
Mesmo estando previsto nos contratos, esse tipo de operação ligou a luz amarela no Banco Central, que pediu explicações à Caixa de descompassos entre as receitas e as despesas na conta dos repasses governamentais. Ou seja, o déficit recorrente preocupou o órgão regulador do sistema financeiro nacional.
Se o saldo for positivo, o banco repassa o valor estabelecido aos ministérios. Se negativo, os ministérios devem ressarcir a Caixa.
“Referida rotina decorre do fato de que os valores de pagamento diário dos programas sociais são baseados em estimativas, que podem se confirmar ou não em razão do comportamento do saque dos benefícios”, afirmou, em nota, a Caixa Econômica Federal.
Procurado pela reportagem, o Banco Central afirmou, por meio da assessoria de imprensa da instituição, que não faz comentários específicos sobre suas atividades de fiscalização.
Youssef pagava contas e dava dinheiro a parlamentares, diz contadora
Autores: Aguirre Talento e Fernanda Odilla
Fonte: Folha de São Paulo
A contadora Meire Poza, que trabalhou para o doleiro Alberto Youssef, confirmou nesta quarta-feira (13) ao Conselho de Ética da Câmara que o doleiro repassou dinheiro ao deputado federal Luiz Argôlo (SDD-BA) e a outros parlamentares.
“O Alberto era um banco. Ele pagava contas, dava dinheiro, dava presentes, emprestava”, afirmou a contadora, que presta depoimento ao conselho como testemunha de acusação no processo contra Argôlo.
Ela, porém, pediu para se limitar a falar apenas sobre Argôlo nesta sessão, mas, questionada, confirmou que houve pagamento a outros parlamentares.
A defesa de Argôlo tentou adiar o depoimento da contadora e disse cogitar pedir a anulação da oitiva, que acabou sendo mantida pelo presidente da sessão, deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
Sobre a relação entre o doleiro e o deputado, a contadora disse: “Era carinhosa. Ele [Argôlo] era tratado como Bebê Johnson, porque era novinho”.
Meire foi arrolada como testemunha de acusação no processo contra Argôlo no Conselho de Ética, movido por causa de suas relações com o doleiro Youssef.
O advogado Aluísio Régis, porém, argumentou que o relator do processo, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), havia afirmado na sessão anterior que dispensava as testemunhas de acusação arroladas. Argumentou também que foi avisado do depoimento com menos de 24 horas de antecedência.
“Se vossas excelências optarem hoje por ouvir ela como testemunha de acusação, depois que o relator dispensou as testemunhas, ainda com intimação por telefone a menos de 24 horas da audiência, eu tenho sinceramente receio de que essa audiência aqui venha a ser anulada”, disse o advogado.
Ele sugeriu incluir Meire como testemunha de defesa de Argôlo para ser ouvida posteriormente.
O relator rebateu dizendo que não havia encerrado a instrução processual e que o processo no Conselho de Ética não segue as mesmas regras do processo penal. O presidente da sessão manteve o depoimento.
Sem precisar a data nem valores, a contadora afirmou que Argolo esteve no escritório do doleiro em São Paulo para buscar dinheiro. Disse ser ela a responsável por providenciar a entrega, que atrasou. Segundo ela, o deputado adiou uma viagem para esperar o pagamento. “Como ele não recebeu na tarde que eu estava lá, sei que ele recebeu depois, não sei como foi entregue”, afirmou.
Questionada posteriormente pelo advogado do deputado, ela afirmou supor que o repasse foi feito no dia seguinte e confirmou que Argolo vendeu um terreno ao Youssef.
Nesta quarta, Meire afirmou ainda que fez duas transferências bancárias, a pedido de Youssef, para pessoas ligadas ao deputado. Uma delas foi no valor de R$ 60 mil a Manoelito Argôlo, parente do congressista. A outra, de R$ 47 mil, foi para uma pessoa chamada Elia da Hora, que já foi nomeada para trabalhar no gabinete de Luiz Argôlo na Assembleia da Bahia.
A contadora informou ainda que o deputado indicou duas empresas do Ceará para receberem recursos de Youssef. Ela foi responsável por emitir R$ 1 milhão a essas duas companhias. “Youssef e Argôlo tinham negócios em Fortaleza”, disse, confirmando também que o deputado é sócio informal do doleiro na empresa Malga.
Com sinais de dificuldade, CEB quer reajuste de 45% na conta de luz
Aneel tem até 26 de agosto para decidir sobre aumento
Fonte: Correio Braziliense
Os consumidores do Distrito Federal devem preparar o bolso. A Companhia Energética de Brasília (CEB) pediu um reajuste de 45,08% nas tarifas para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que tem até 26 de agosto para avaliar o pleito e determinar o índice de aumento. Ontem, a agência reguladora autorizou reajustes médios de 30% para três distribuidoras de Santa Catarina.
Até agosto, a Aneel autorizou 42 distribuidoras e cooperativas a reajustarem suas tarifas, totalizando 51,704 milhões de consumidores atingidos pelos aumentos nas contas de luz. O maior percentual concedido até agora foi para a Centrais Elétricas do Pará (Celpa), de 34,41%. O governo do Pará entrou com ação na Justiça para reverter a alta, considerada excessiva. Se a CEB conseguir os 45,08% que está pedindo, vai bater o recorde de 2014.
A Companhia Energética de Brasília atende 840 mil unidades consumidoras no Distrito Federal e, há algum tempo, dá sinais de que não está com boa saúde financeira. No mês passado, atrasou o adiantamento de salários e deixou de recolher o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em dia. Também em julho, a companhia retomou o Programa de Recuperação de Receita (Proluz), com o objetivo de tentar recuperar aproximadamente R$ 13 milhões junto de consumidores inadimplentes com débitos vencidos até 31 de dezembro de 2012, por meio da isenção de multa e juros moratórios. Procurada, a CEB não quis comentar a solicitação de alta de 45,08%. A empresa só vai se manifestar depois que a Aneel bater o martelo”, disse a assessoria de imprensa da companhia.
Na Aneel, a posição é que nem sempre a agência atende o pedido de uma concessionária na sua integralidade. Contudo, já houve casos em que concedeu índices até maiores dos que os solicitados. O cálculo feito pelo órgão regulador para autorizar um reajuste leva em conta o efeito médio para o consumidor, podendo ser maior ou menor do que o pedido da distribuidora, informou a assessoria.