Mobilização da carreira ganha impulso nos estados

 

Servidores querem respeito. O inicio da semana foi marcado por inúmeras manifestações de servidores públicos federais. Na carreira de Finanças e Controle não foi diferente. Os Analistas (AFC) e Técnicos de Finanças e Controle (TFC) encontram-se mobilizados desde terça-feira, 9 de junho, para reivindicar respeito na condução das negociações da Campanha Salarial 2015. Em Brasília, os servidores participaram do Dia Nacional de Mobilização realizado na sede da Controladoria-Geral da União (CGU) na terça (relembre aqui), e na Secretaria do Tesouro Nacional (STN) nesta quarta-feira, 10 (relembre aqui), quando foi apresentado o indicativo de greve para julho. O ato se repete nos estados, onde as Assembleias Gerais Extraordinárias (AGEs) reúnem centenas de servidores insatisfeitos com a ausência de contrapostas do governo às reivindicações apresentadas.

 

SEM RESPOSTA

Os servidores pleiteiam o reajuste linear de 27,3%, que representa apenas 2% de ganho real considerando as perdas inflacionárias. As reivindicações, entretanto, não são apenas de cunho salarial. Mesmo assim, o governo tem se negado a negociar.

 

A pauta unificada contempla itens como: a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que versa sobre as relações de trabalho; Definição de data-base em 1° de maio; Adoção de uma política salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias e; Isonomia salarial e de todos os benefícios entre os três poderes.

 

Na carreira de Finanças e Controle, os servidores reivindicam: a conclusão do anteprojeto de Atribuições e Nomenclatura, que aguarda um parecer da CGU para ser encaminhado para o Congresso Nacional; Fixação do subsídio para o cargo de Técnico em 70% do subsídio de Analista; Recomposição dos quadros de pessoal, de acordo com previsto na Lei n° 9.625/98 e no Decreto n°4.321/2002; Ocupação de cargos de direção e assessoramento na CGU e no Tesouro exclusivamente por servidores da carreira e; Suspensão do sistema de ponto eletrônico na CGU.

 

Em quatro reuniões na mesa de negociação, realizadas no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o governo não apresentou contrapropostas a nenhum dos itens listados acima (relembre aqui).

 

Para Edilberto Barreto, delegado Sindical pelo Ceará, a morosidade nas negociações é uma estratégia. “É uma tática repetitiva do governo, empurrar a negociação para última hora e, apresentar um reajuste insignificante ou talvez nem apresenta-lo. Por isso, nós servidores precisamos nos mobilizar, nos unir e pressionar o governo para que ele conduza as negociações de forma honesta”.

 

Opinião compartilhada também pelo delegado Sindical pelo Goiás, Jaci Fernandes. “A política de gestão de pessoal não tem sido prioridade para o governo. Por isso, precisamos aumentar a pressão, para criar a preocupação e forçar o governo a negociar.”

 

Todos os estados devem promover Assembleias até quinta-feira, 11 de maio. O delegado Sindical por Roraima, Celso Duarte, ressalta a importância da mobilização. "A coalizão de esforços do Sindicato em todos os estados demonstra que estamos unidos em prol do fortalecimento da carreira de Finanças e Controle, cujo empoderamento reflete na qualidade do trabalho entregue a sociedade.”

 

Até edição deste texto, as regionais do Unacon Sindical no Ceará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Paraíba, São Paulo, Paraná, Alagoas e Piauí já haviam realizado a ação.

 

Confira abaixo como foi o Dia Nacional de Mobilização em cada estado.