Valor Econômico repercute carta do Unacon Sindical e do Sinal

Em documento enviado ao jornalista Cristiano Romero na última sexta, 11, entidades criticaram artigo que depreciava a estabilidade

Na coluna desta quarta-feira, 16 de setembro, o editor-executivo do Valor Econômico, Cristiano Romero, repercutiu carta enviada pelo Unacon Sindical e pelo Sinal na última sexta, 11. No documento, as entidades criticam o artigo “Estabilidade não evitou corrupção no Estado”, de autoria do mesmo jornalista, publicado naquela semana.

“Esta coluna questionou a estabilidade absoluta e foi bastante contestada por entidades representativas do funcionalismo. A coluna alegou que o expediente da estabilidade não impediu que a corrupção continuasse muito presente no Brasil”, explica Romero, no texto desta quarta,16.

Na sequência, o jornalista divulga parte da carta, assinada pelo secretário-executivo do Unacon Sindical, Bráulio Cerqueira, e pelo presidente do Sinal, Paulo Lino. “Gostaríamos de lembrar que a corrupção é marca não apenas de políticos desonestos que desvirtuam instituições públicas, mas de agentes privados ativos num país caracterizado por uma das maiores concentrações de riqueza e de poder econômico do mundo.  Destacamos que é falsa a premissa de que a estabilidade deve evitar todos os casos de corrupção, afinal se algo não é 100% eficaz, não significa que seja 100% ineficaz. A própria visibilidade da questão no Brasil se relaciona à democracia, à imprensa investigativa, à disputa política, mas também à independência política dos servidores do controle interno e externo, da transparência, das forças-tarefas da Polícia Federal com membros do Ministério Público, etc”, observam, em trecho do documento.

Além de dar espaço à argumentação das entidades representativas, a publicação cita o Tesouro Nacional, o Itamaraty, a Receita e o Banco Central, como “reconhecidas ilhas de excelência, por causa da alta qualidade de seus funcionários, recrutados por meio de concorridos concursos públicos”, que são parte do esforço para a criação de um “Estado moderno”. De acordo com o texto, o país “possui em algumas áreas do serviço público pessoal de qualificação que nada deixa a desejar quando comparado a seus pares em nações ricas”.

Leia a íntegra da coluna aqui.