Em entrevista ao Estadão, Marques ressalta que defasagem salarial dos servidores do Executivo já chega a 40%

“Vamos encerrar 2023 com o menor gasto com pessoal em proporção do PIB da história”, afirma o secretário executivo do Unacon Sindical, à reportagem

Em entrevista concedida ao jornal O Estado de São Paulo nesta terça-feira, 6 de setembro, o secretário executivo do Unacon Sindical, Rudinei Marques, criticou a postura do atual governo em reservar recursos insuficientes no Orçamento de 2023 para recomposição dos salários dos servidores do Executivo Federal, que, em alguns casos, acumulam perdas inflacionárias de 40%.

“Vamos encerrar 2023 com o menor gasto com pessoal em proporção do PIB da história, com a menor quantidade de servidores civis, enquanto a população não para de crescer e demandar serviços públicos”, afirmou Marques à reportagem.

O representante comentou a promessa do relator-geral do Orçamento no Congresso Nacional, senador Marcelo de Castro (MDB- PI), de buscar espaço para reajustar as remunerações do Executivo de 9% em 2023 e 9% em 2024, equiparando à proposta de recomposição do Judiciário. “Não sei se todas as categorias aceitariam, principalmente aquelas que não têm reajuste desde 2017. A defasagem é muito maior, com um IPCA acumulado de 40% no fim deste ano”, pontua.

Por outro lado, conforme ponderou Marques, a proposta almejada pelo relator é bem melhor que o estado de “zero negociação” dos últimos quatro anos. “Com esse porcentual modesto, o novo governo precisará mostrar também um ato de boa vontade na chegada, abrindo mesas de negociação específicas com carreiras mais desestruturadas”, avalia.

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