Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e da Controladoria-Geral da União (CGU) realizaram protestos em todo o país nesta quarta-feira, 17 de abril, com a paralisação das atividades e a oficialização da entrega de cargos de chefia/coordenação, além da lista de compromisso de não assunção.
Em Brasília, o ato na STN ocorreu pela manhã no hall de entrada do edifício e, em seguida, cerca de 300 servidores públicos da carreira caminharam até o gabinete do secretário Rogério Ceron para acompanhar a entrega do documento. No período da tarde, aproximadamente 200 servidores se reuniram em assembleia em frente ao prédio da CGU. Ao final, eles também acompanharam a Diretoria Executiva Nacional (DEN) até o andar do gabinete do ministro Vinícios Marques, ocasião em que foi protocolado ofício da campanha salarial.
Momento de entrega do documento na STN
No documento, o Unacon Sindical afirma que é necessário buscar alternativas salariais a fim de manter a atratividade da Carreira. O Sindicato também denuncia o descaso do Governo Federal, que ainda não entregou a primeira devolutiva, e esclarece que a entrega de cargos é “em protesto, sobretudo, relativo ao desalinhamento remuneratório entre a Carreira de Finanças e Controle e outras carreiras de Estado com atribuições e prerrogativas de mesmo nível de complexidade e responsabilidade”, afirma.
Chefe de gabinete Flávio Prol recebe documento do presidente Rudinei Marques
As atividades marcam a terceira edição do Dia Nacional de Protestos e a escalada do movimento. “Não está fácil. O governo está fazendo jogo duro. Enquanto não temos a nossa primeira devolutiva, precisamos fazer nossa pressão interna. É angustiante. Nas reuniões com o secretário do Tesouro Nacional e com o ministro da CGU temos levado esse clima de ansiedade, de apreensão, de irresignação por não termos até agora uma proposta concreta do governo”, reprovou o presidente do Unacon Sindical, Rudinei Marques.
De acordo com o presidente do Sindicato, as assembleias semanais serão mantidas e as cobranças também. “Não há conquista sem riscos. Se precisar vamos correr riscos. Manteremos o movimento firme e coeso, até sair um percentual aceitável para a carreira de Finanças e Controle. Temos um horizonte de algumas semanas de mobilização e, se necessário, entraremos em greve”, advertiu Marques.
As manifestações ocorreram praticamente em todos os estados e demonstraram a unidade, a força e a insatisfação dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle.
Confira como foi a mobilização nos estados e no DF em fotos