Esta terça-feira, 4 de junho, foi marcada pelo início das atividades da Marcha Nacional pela carreira de Finanças e Controle, em Brasília. Diante da inflexibilidade do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), confirmada na última reunião da mesa específica, os Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle recrudesceram a mobilização e realizaram atos públicos na sede do MGI, pela manhã, e na Controladoria-Geral da União, à tarde. A Marcha Nacional segue com atos públicos agendados para amanhã, quarta, 5.
Com apitos, camisetas estampadas com o pleito pela valorização, faixas e bandeiras, centenas de AFFCs e TFFCs disseram “não” às limitações impostas pelo MGI e reivindicaram uma negociação mais justa e efetiva.
“Não é assim que se conduz uma negociação salarial que, inclusive, começou mal feita. Há um ano, estamos em luta” afirmou o presidente do Unacon Sindical, Rudinei Marques, que também cobrou respeito. “Estamos aqui para dizer em alto e bom som que não vamos aceitar imposições. Nossa carreira é uma carreira de fibra, que exerce atividades extremamente complexas, e essa condução desrespeita os servidores e os órgãos que representamos. Se é negociação, o MGI tem que nos ouvir, tem que nos respeitar”.
Os atos contaram com participação de comitivas formadas por servidores de diversos estados, inclusive do Rio Grande do Sul.
“Embarcamos na base aérea de Canoas, mas viríamos de qualquer forma, de barco e até de carro, porque este é um momento decisivo para a carreira. Precisamos demonstrar nossa força e disposição para a luta. Dizer que não vamos aceitar a falta de isonomia”, afirmou o delegado sindical do RS, Carlos Leite.
A delegada sindical do Distrito Federal Roberta Holder reforçou o coro em prol da retomada da mesa específica da carreira, mas com respeito ao processo negocial. “O que presenciamos na última reunião com o MGI, no dia 28 de maio, não é uma negociação, mas uma tentativa de imposição. Imposição de vinte níveis de progressão, de rebaixamento da carreira e do descumprimento do acordo firmado em 2015, que previu a exigência de nível superior para ingresso no cargo de Técnico. Porém, esse modelo rígido não foi imposto a todas as carreiras de Estado. Por isso, exigimos isonomia”, pontuou.
O dia seguiu com realização de uma reunião de trabalho na sede do Torreão Braz Advogados, escritório que assessora o Sindicato. A agenda teve a participação de advogados, que esclareceram questões judiciais ligadas ao direito de greve e aos pleitos apresentados ao MGI.
Amanhã, 5, as atividades serão realizadas às 9h, no Tesouro Nacional, e às 14h30, no Ministério da Fazenda. O Unacon Sindical convoca todos os servidores para o fortalecimento da Marcha Nacional pela Valorização da Carreira de Finanças e Controle.
“Viemos em comitivas dos estados. Eu sou do Rio Grande do Norte, mas aqui tem servidores lotados de norte a sul do país. Convocamos para se unirem a essa luta todos que estão lotados em Brasília. É hora de demonstrarmos nosso valor. Se não lutarmos pela valorização da nossa carreira e pelo fortalecimento das nossas instituições, quem vai? Venham”, reforçou a vice-presidente da delegacia sindical do RN, Raquel de Melo.
Veja abaixo algumas imagens do primeiro dia de ato