Em AGE, servidores cobram retomada da mesa específica com governo

Assembleia realizada nesta quarta-feira discutiu recrudescimento das movimentações

Em Assembleia Geral Extraordinária realizada na tarde desta quarta-feira, 26 de junho, os Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle discutiram o recrudescimento da mobilização em prol da valorização da carreira e cobraram a retomada da mesa específica. Até o momento, a Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) não apresentou contraproposta, o que reflete nos servidores um sentimento de extremo desrespeito.

Durante a AGE, o presidente do Unacon Sindical, Rudinei Marques, fez uma retrospectiva das negociações com carreiras de diferentes setores, como segurança pública, Legislativo, Judiciário e educação. Com o fim da greve dos professores das universidades federais, os servidores, nos momentos em que tomaram a palavra na AGE, avaliaram que é chegada a hora de o governo receber a carreira de Finanças e Controle.

“É fundamental que sejam respeitados os direitos já adquiridos, ou seja, paridade e integralidade, e que a decisão tomada beneficie toda a carreira”, afirmou o Auditor Federal de Finanças e Controle, Paulo Souza, a respeito das negociações.

Rudinei Marques ressaltou que o momento exige união e disposição para o enfrentamento. “Vamos continuar lutando, mas é fundamental a participação de todos”, ressaltou. Na mesma linha, a vice-presidente do Sindicato, Elaine Niehues, convocou o sentimento de pertencimento dos membros da carreira. “Essa é a carreira da minha vida e eu vou lutar por ela. É isso que nós estamos fazendo: lutando sem poupar esforços para garantir nossa valorização. Eu sou Auditora Federal de Finanças e Controle da CGU e não vou fazer outro concurso. O que eu quero, o que nós queremos e precisamos, é lutar pela nossa carreira”, asseverou.

O secretário-executivo do Unacon Sindical, Daniel Lara, reiterou que a pauta de valorização vai além do reajuste. “Um dos principais e mais antigos pleitos é a exigência de nível superior para ingresso no cargo de TFFC, que é uma mudança que não trará nenhum ônus financeiro para o governo, mas resultaria na valorização dos quadros”, considerou.

Ainda durante a Assembleia, os servidores voltaram a repudiar a sinalização do MGI para ampliação dos níveis de progressão da carreira, tendo em vista que isso resultaria no aumento da evasão. De acordo com o levantamento prévio do Sindicato, mais de 100 servidores deixaram a CGU nos últimos dois anos para ingressar em carreiras mais valorizadas da Administração Federal.

A luta continua. Fique atento às convocações.