Com 92% de aprovação, carreira de Finanças e Controle define contraproposta ao governo e decide seguir na luta pela valorização

Votação contou com a adesão de mais de 1600 Auditores e Técnicos Federais de Finanças Controle de todo o país

Em um sinal de firmeza e determinação, a carreira de Finanças e Controle aprovou, na tarde desta quarta-feira, 17 de julho, a contraproposta que será levada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em resposta aos termos apresentados na última semana. A votação contou com a participação de 1611 Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle, ativos e aposentados, e registrou 92% de aprovação à tabela elaborada pelo Conselho de Delegados Sindicais e a Diretoria Executiva Nacional (DEN), que corrige, dentro do subsídio, assimetrias com carreiras do Executivo Federal de igual complexidade.

Ao fim da apuração, a DEN enviou ofícios aos ministros da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho, e da Fazenda, Fernando Haddad, e ao secretário do Tesouro Nacional (STN), Rogério Ceron, para comunicar o encaminhamento e solicitar audiências “com a maior brevidade possível”.

Enquanto ocorria a votação online, das 14h30 às 18h, os servidores se reuniram remotamente para debater as ações e próximos passos da mobilização em prol da valorização da carreira. A Assembleia Geral Extraordinária contou com a participação de quase mil AFFCs e TFFCs. Mais uma vez, o tom geral foi de insatisfação com a condução da mesa específica de negociação pelo MGI. “O que o governo está tentando fazer é impor, não negociar”, criticou o AFFC Rogério Rivetti.

O presidente do Sindicato, Rudinei Marques, falou sobre a conjuntura atual e informou sobre o posicionamento do governo de que a proposta apresentada “será a final”, mas ratificou a disposição para o enfrentamento. “Vai ser uma negociação difícil, mas, com união e luta, podemos avançar. Nossa carreira merece mais e vamos lutar por isso.”

Sobre os termos do acordo proposto pelo MGI, os dirigentes pontuaram a indisponibilidade do governo para debater, inclusive, pautas sem impacto financeiro, como a exigência de nível superior para ingresso no cargo de TFFC. Outro ponto muito criticado foi a imposição de 20 níveis, mesmo diante de estatísticas que provam a perda da capacidade de retenção dos quadros da carreira de Finanças e Controle.

A deliberação da carreira também será notificada ao MGI. O pedido pela nova rodada da mesa deve ocorrer após a reunião com a cúpula da STN e da CGU.

O estado de mobilização permanece, com a realização de assembleias e reuniões extraordinárias do CDS semanais. Fique atento!