Carreira de Finanças e Controle deve deliberar sobre a proposta do governo na próxima semana

Assembleia realizada nesta quarta-feira, 24, debateu os últimos acontecimentos e as próximas etapas da mobilização

A carreira de Finanças e Controle se prepara para deliberar sobre a proposta de reajuste apresentada pelo governo. Na última semana, a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) encaminhou uma contraproposta ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), mas, diante da negativa formalizada na segunda-feira, 22 de julho, os Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle devem decidir, na próxima semana, se aceitam ou rejeitam os termos do acordo. Os informes das tratativas e o debate sobre os próximos passos foram pautas da AGE realizada nesta quarta, 24.

Já na abertura, os servidores foram comunicados sobre a data-limite para responder ao MGI sobre o resultado da AGE. Em e-mail enviado ao Unacon Sindical, também nesta quarta, a Diretoria de Relações de Trabalho no Serviço Público do MGI estabeleceu como prazo o dia 1º de agosto, próxima quinta-feira. “Como vamos nos comportar em relação a essa proposta específica do governo? Temos que votar e, semana que vem, precisamos dar uma resposta. Temos que fazer essa avaliação pesando prós e contras e medindo a capacidade de enfrentamento da carreira, em caso de uma rejeição. Ou partimos para uma greve para valer, para balançar a estrutura do Estado, ou informamos o aceite e reconstruímos nossa mobilização tendo em vista os próximos anos”, ponderou o presidente Rudinei Marques durante a AGE.

A fala do presidente do Conselho de Delegados Sindicais, Celso Duarte, também direcionou a continuidade do esforço pela valorização da carreira de Finanças e Controle, independente do resultado da votação. “Precisamos ouvir o que a carreira quer. Se for dizer ‘não’ à proposta, temos como instrumentos a intensificação da operação padrão, a greve. Mas, se for ‘sim’, é importante lembrar que não acabou. A nossa luta não acaba no ‘sim’ ou no ‘não’; o que muda é o tom, se vai ser uma luta mais ou menos aguerrida”, afirmou.

A respeito da atuação do Sindicato, a vice-presidente Elaine Faustino destacou a responsabilidade de todos os dirigentes e o empenho de esforços em busca da melhoria dos termos nos últimos meses. “Estamos buscando apoio desde o ano passado”, afirmou, em relação à busca constante de diálogo com as casas supervisoras da carreira. “Eu não farei dessa carreira um trampolim. Ninguém na Diretoria Nacional, nem no CDS, está de brincadeira. Estamos todos juntos, construindo. O que faremos depois do ‘não’, se assim decidirmos? Encontrar caminhos. O que não podemos é encaminhar a rejeição às escuras, sem saber o que vem depois. Precisamos pensar em coisas que contribuam”, considerou.

A data da votação e os itens a serem deliberados serão pauta da reunião extraordinária do CDS, nesta sexta-feira, 26. O colegiado deve decidir, de forma conjunta, como será a deliberação.