Com o objetivo de rearticular o debate junto aos órgãos supervisores da carreira, tendo em vista a intensificação do movimento paredista, o Unacon Sindical se reuniu com representantes do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União na manhã desta sexta-feira, 2 de agosto. Rudinei Marques e Luiz Alberto Marques, da Diretoria Executiva Nacional, informaram sobre o escalonamento do movimento nos próximos dias e solicitaram apoio à pauta em prol da valorização da carreira. A agenda contou com participação da secretária-executiva, Eveline Martins, do secretário-executivo adjunto, Cláudio Torquato da Silva, e do chefe de gabinete da SE, Fábio Félix, pela CGU, e da secretária-adjunta do Tesouro Nacional, Viviane Varga.
“A nossa carreira rejeitou a proposta do governo por entender que ela é insuficiente para atender nossos pleitos. E é importante destacar que não houve esforço da mesa de negociação nem mesmo para entender e encaminhar pedidos sem cunho remuneratória, como a exigência de nível superior para o TFFC”, explicou o presidente, Rudinei Marques, ao pontuar que os servidores se sentiram desrespeitados pela condução das tratativas. Na mesma linha, o diretor de Comunicação do Sindicato, Luiz Alberto Marques, ressaltou que a carreira vem sendo tratada com desprestígio em relação a outras com as quais guarda similaridade do ponto de vista da complexidade de atribuições, mas não na valorização remuneratória.
Todo esse cenário, conforme pontuaram, ensejou o recrudescimento da mobilização. “Nós já apresentamos nossa pauta não remuneratória ao MGI, que tem três pontos essenciais: além do NS para TFFC, a separação da nossa tabela e a manutenção dos atuais 13 níveis. Do ponto de vista remuneratório, também já enviamos nossa contraproposta. Não vamos levar essa proposta do governo de novo à deliberação, já deliberamos, a resposta é não, então aguardamos o aperfeiçoamento dos termos”, asseverou o presidente do Sindicato.
Os órgãos já haviam sido notificados, via ofício, sobre a deflagração de greve. A atualização, durante a reunião, teve foco no calendário divulgado pelo Comando Nacional de Mobilização e Greve, que prevê quatro dias de greve e detalha o escalonamento da entrega de cargos nas duas casas, e também o início imediato da Operação Padrão em intensidade máxima. A primeira formalização de entrega de cargos já ocorreu nesta sexta, 2, no Tesouro, com adesão de cem servidores.
Na próxima segunda, 5, a Diretoria Executiva Nacional tem reunião marcada com o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho.