Unacon Sindical reforça demandas da carreira em reunião com ministros Fernando Haddad e Vinícius de Carvalho

Secretário do Tesouro, Rogério Ceron, e secretária-executiva da CGU, Eveline Martins, também participaram da agenda. Rudinei Marques, Luiz Alberto Marques e Rafael Perez representaram o Sindicato

Após meses de articulação, o Unacon Sindical conseguiu construir uma agenda conjunta entre os dirigentes dos órgãos supervisores da carreira de Finanças e Controle. Nesta quinta-feira, 12 de setembro, o presidente do Sindicato, Rudinei Marques, o diretor Luiz Alberto Marques e o delegado sindical Rafael Perez se reuniram com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho. O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, a secretária-adjunta, Viviane Vargas, e a secretária-executiva da CGU, Eveline Martins, também participaram da reunião.

Na ocasião, os dirigentes do Sindicato expuseram a insatisfação gerada pela falta de diálogo nas negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). “Não tivemos oportunidade de debater nem mesmo as pautas sem impacto financeiro que integram nossa agenda de valorização. Esse tratamento intransigente por parte da mesa levou à rejeição da proposta e ao crescimento da mobilização. Não nos sentimos reconhecidos, valorizados e nem sequer ouvidos”, destacou Marques.

Foram apresentados aos ministros os números referentes à evasão de Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle que ingressaram na CGU por concurso em 2022, mas já pediram exoneração para assumir cargos em carreiras mais valorizadas. “O alongamento de níveis vai agravar esse problema. Na CGU, 34% dos servidores do último concurso já pediram exoneração”, comentou o presidente, observando que o certame do Tesouro Nacional, em curso, deve enfrentar problema semelhante.

Sobre a pauta remuneratória, foram apresentadas tabelas que demonstram o aumento recente das assimetrias em relação a carreiras com as quais os AFFCs e TFFCs mantinham certa equivalência até 2016. “Hoje, para o Auditor Federal de Finanças e Controle com 15 anos de carreira, ainda vale a pena prestar concurso para carreiras correlatas. No Ministério da Fazenda, por exemplo, esse desalinhamento é evidente”, explicou Rafael Perez, apoiado por dados em tabelas e gráficos.

Outro ponto levantado foi o cumprimento integral do acordo de 2015, que prevê a exigência de nível superior para o cargo de TFFC. Os representantes da carreira argumentaram que as atribuições do cargo já são compatíveis com essa alteração. “Acordos devem ser cumpridos”, sentenciou Luiz Alberto Marques, ao tempo em que o Termo de Acordo nº 25/2015 foi entregue aos ministros.

O ministro Haddad afirmou entender “os problemas” apresentados e demonstrou interesse em buscar uma solução para a retomada das negociações com o MGI. Tanto ele quanto o ministro da CGU se comprometeram a conversar com a ministra Esther Dweck em busca de soluções.

Vigília
Enquanto a reunião acontecia, dezenas de servidores se concentraram em frente à sede do Ministério da Fazenda. Vestidos com camisetas do movimento Valorização Já!, os AFFCs e TFFCs realizaram um protesto silencioso enquanto aguardavam o desfecho das discussões.

Foto: Washington Costa/MF