Auditoria para reforçar fiscalização Enel em São Paulo será afetada pela greve na CGU; vendas Tesouro Direto também são impactadas

Operações de venda do Tesouro Direto são suspensas pela terceira vez
Auditoria para reforçar fiscalização Enel em São Paulo será afetada pela greve na CGU; vendas Tesouro Direto também são impactadas

Ganhou destaque nesta segunda-feira, 14 de outubro, o anúncio de que a Controladoria-Geral da União (CGU) realizará uma auditoria para apurar as ações da Aneel na fiscalização da Enel durante os apagões em São Paulo, visando identificar possíveis falhas na fiscalização e no plano de contingência. No entanto, essa apuração deve ser prejudicada pela greve dos servidores da CGU. Na última semana, a categoria deliberou pela intensificação do movimento grevista, iniciado em agosto. A partir de hoje, Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle paralisarão as atividades todas as terças e quintas-feiras, tanto na CGU quanto no Tesouro Nacional.

Além das auditorias e fiscalizações, a greve e a operação padrão da carreira também impactam os acordos de leniência. Apesar do governo ter anunciado a conclusão das negociações com empresas como UTC Participações S.A., Braskem S.A., OAS, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Nova Participações S.A. e Odebrecht, no âmbito da ADPF nº 1051, nenhum acordo foi oficialmente firmado até o momento. Outros 22 acordos em andamento também estão paralisados devido à mobilização dos servidores.

Paralisação Tesouro

No Tesouro Nacional, a greve tem gerado preocupação no mercado financeiro, com impacto nas operações do Tesouro Direto. Nesta terça-feira, 15, pela terceira vez seguida, as vendas de títulos pelo programa estão suspensas.

Os servidores, mobilizados desde janeiro, intensificaram as ações a partir de agosto, após o encerramento unilateral das negociações por parte do governo. A carreira de Finanças e Controle reivindica tratamento isonômico em relação às carreiras da AGU, da Polícia Federal e da Receita Federal, com as quais atua diretamente, além da negociação de três pontos centrais para a valorização: cumprimento integral do acordo firmado em 2015, que prevê a exigência de nível superior para o ingresso no cargo de Técnico Federal de Finanças e Controle; manutenção dos atuais treze níveis da tabela de progressão; e a correção de assimetrias salariais com carreiras de mesmo nível na Administração federal.