Após ataques, ministros saem em defesa da atuação dos servidores da CGU

Posição dos ministros dialoga com posição do Unacon Sindical, que repudiou veementemente as falas de Rui Costa

Após críticas do ministro da Casa Civil, Rui Costa, à atuação da Controladoria-Geral da União (CGU) no caso das fraudes em descontos em aposentadorias e pensões do INSS, outros ministros se manifestaram em defesa dos servidores e do Órgão. Em entrevista concedida nesta segunda-feira, 12 de maio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a CGU “agiu corretamente” ao encaminhar o caso à Polícia Federal, e  reforçou, ainda,  a legitimidade da atuação técnica e institucional da Pasta. “Confio muito no trabalho da CGU, conheço o ministro Vinícius, a sua alta capacidade”, declarou.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, também se posicionou. Em um trecho de decisão relacionada à auditoria das  “emendas Pix”, ele elogiou a atuação da CGU. Segundo o ministro, o órgão tem exercido um trabalho de altíssimo nível técnico e, em conjunto com a Polícia Federal, foi responsável por revelar “a tragédia com o dinheiro dos aposentados do INSS”.

A decisão foi divulgada ao mesmo momento em que os ministros do governo concediam entrevistas na coletiva sobre a fraude do INSS, na última quinta-feira, 8 de maio, e da qual participaram os ministros Carvalho, o presidente do INSS, Gilberto Waller, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias e o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz. 

A coletiva também registrou a manifestação de Jorge Messias, que destacou o trabalho da CGU.  Para ele, o trabalho desenvolvido pelos servidores do órgão, sob a liderança de Carvalho, “adotou todas as providências necessárias para uma apuração rigorosa, delicada e minuciosa de uma organização criminosa que foi instalada no seio do Estado”. 

As manifestações estão em linha com o posicionamento do Unacon Sindical. Na quinta-feira passada, 8 de maio, a entidade publicou uma nota de repúdio, em que exigiu a retratação imediata de Rui Costa. Na nota pública, o Sindicato reforça que a CGU atuou de forma técnica e responsável, em conformidade com os marcos legais. O posicionamento da entidade ganhou repercussão na imprensa. Veja aqui.