Governo não apresenta proposta e pede que categoria reavalie paralisações

Em reunião com as entidades do Ciclo de Gestão, realizada hoje (7), o governo não apresentou proposta salarial. Mesmo assim, pediu que os dirigentes reavaliassem a mobilização diária dos servidores – considerada “desnecessária”. O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Ferreira, informou que o governo editará uma medida provisória até o final de março, que incluirá os reajustes das categorias que fecharem acordo até lá. As carreiras que não concluírem as negociações nesse prazo terão de aguardar um novo instrumento jurídico, que dependerá da disponibidade orçamentária.


Ao falar especificamente sobre o Ciclo de Gestão, Ferreira deixou claro que o governo está disposto a discutir, ainda em março, um aumento salarial, mas sem resolver os três eixos da campanha das carreiras: equiparação com o Fisco; implementação de remuneração por subsídio; e exigência de nível superior para o cargo de técnico.

Diante do quadro exposto, a posição da UNACON é a de encaminhar a continuidade da mobilização diária e adotar as medidas que a lei exige para uma possível decretação de greve. Segundo o presidente da entidade, Fernando Antunes, a categoria tem demonstrado uma atitude de não abrir mão dos três eixos de luta da campanha salarial. Ele afirmou que a UNACON está disposta a sentar com o governo para negociar a qualquer momento. “Os servidores têm urgência em solucionar a questão, mas acreditamos que o governo também tem”, ressaltou.

Além de Antunes, esteve presente à reunião a secretária-geral da entidade, Márcia Uchôa. Hoje à tarde, os dirigentes vão participar de assembléias na Controladoria-Geral da União e na Secretaria do Tesouro Nacional.