Servidores aprovam decretação de greve – EDITADA

Analistas e técnicos da CGU participam de plenária em Brasília


            Reunidos hoje (24) em Assembléia-Geral Extraordinária, os servidores da carreira Finanças e Controle aprovaram o indicativo de greve proposto pela diretoria nacional da UNACON. Em Brasília, houve assembléia na Controladoria-Geral da União (CGU) – com a participação do presidente da UNACON, Fernando Antunes, e do secretário de Assuntos Parlamentares do SINATEFIC, José Marcos – e na Secretaria do Tesouro Nacional (STN) – conduzida pela secretária-geral, Márcia Uchôa.

            Na CGU, estiveram presentes 182 servidores. Apenas dois foram contrários à greve e um se absteve. No Tesouro Nacional, a decretação de greve também foi aprovada por maioria: houve 7 votos contrários e 2 abstenções.

Por acreditar ser uma decisão mais coerente para o processo de negociação, já que a classe pretende equiparação com o Fisco e nenhuma proposta foi definida para esse grupo, os servidores da CGU decidiram iniciar a greve no dia 02 de abril. O encaminhamento difere do posicionamento dos servidores do Tesouro Nacional e da maioria dos estados, que decidiram iniciar a greve 48 horas após o fechamento do acordo de reajuste salarial para o grupo Fisco, caso não haja uma posição do governo em relação à carreira Finanças e Controle.

Consulta às bases

            Durante a assembléia na CGU, o presidente da UNACON, Fernando Antunes, ressaltou a importância da participação ativa dos servidores e do papel desempenhado por eles no processo de negociação. “Compete a cada um de nós aceitar ou não a proposta que o governo vai apresentar”, esclareceu Antunes. “Não é a UNACON que vai dizer sim ou não”, concluiu.

A secretária-geral da entidade, Márcia Uchôa, também reafirmou aos servidores da STN o compromisso de levar às bases a proposta do governo, assim que ela for apresentada. A comissão de representantes dos servidores da STN aproveitou a plenária para repassar informes relativos a uma reunião entre o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, e os secretários-adjuntos, coordenadores-gerais e coordenadores, realizada na última quinta-feira. De acordo com os relatos da comissão, Augustin se mostrou tranqüilo. O secretário pediu um voto de confiança e deixou claro que o processo de negociação ainda não está concluído. 

Números nos estados

            Nas regionais da UNACON de todo o país, as assembléias tiveram como encaminhamento o início da paralisação 48 horas após o fechamento de acordo com o grupo Fisco, caso não haja proposta concreta para a carreira. Até o final da tarde, foram divulgados os seguintes resultados:

Pará – 17 votos favoráveis à decretação de greve e 6 votos contra;

Ceará – 34 votos favoráveis à decretação de greve e 4 votos contra;

Mato Grosso – 18 votos favoráveis à decretação de greve e 3 votos contra;

Minas Gerais – 22 votos favoráveis à decretação de greve, 6 votos contrários e 6 abstenções;

Santa Catarina – 3 votos favoráveis à decretação de greve, 14 votos contrários e 14 abstenções;

Maranhão – 16 votos favoráveis à decretação de greve, 2 votos contrários e 2 abstenções;

Pernambuco – 9 votos favoráveis à decretação de greve, 11 votos contrários e 6 abstenções;

Alagoas – 15 votos favoráveis à decretação de greve, 1 voto contrário e 1 abstenção;

Paraíba – 18 votos favoráveis à decretação de greve e 6 votos contrários;

Sergipe – 8 votos favoráveis à decretação de greve, 4 votos contrários e 3 abstenções; 

Roraima – 3 votos favoráveis à decretação de greve, 4 votos contrários e 6 abstenções;

Rio Grande do Sul – 25 votos favoráveis à decretação de greve; 5 votos contrários e 1 abstenção. Os servidores da regional do Rio Grande do Sul também deliberaram sobre a possibilidade de greve a partir do dia 2 de abril. Nesse caso, o resultado passou a ser: 31 votos favoráveis, 1 voto contrário e 6 abstenções.