Correio Braziliense noticia paralisação da CGU

Greve enfraquecida

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Apesar da greve dos auditores-fiscais da Receita Federal dar sinais enfraquecimento, representantes dos servidores estiveram ontem no Ministério do Planejamento para uma última tentativa de convencer o governo a alterar a proposta salarial apresentada há cerca de 15 dias. Ouviram do ministro Paulo Bernardo que os termos do acordo não serão alterados e que o montante financeiro oferecido está no limite.

Bernardo fez um apelo aos grevistas para que retornem ao trabalho. “Manter a greve esperando que o governo melhore a proposta é penalizar ainda mais a sociedade. Chegamos no limite”, disse. Os representantes dos auditores levarão para as assembléias estaduais marcadas para amanhã mais esse recado. O Unafisco, sindicato dos auditores, já admite que a greve poderá ser suspensa.

O governo concordou em reajustar os salários inicial e final dos auditores em cerca de 40%. O aumento será parcelado até 2010. Também ficou acertado que novos critérios de avaliação de desempenho, necessários para progressão e promoção na carreira, só serão decididos por consenso. A greve, iniciada em 18 de março, dá sinais de desgaste em regiões como São Paulo, Minas Gerais e Amazonas.

Em meio à polêmica sobre o corte de ponto dos faltosos, a Receita Federal emitiu nota reafirmando a disposição de descontar os dias parados. “Considerando que a Receita Federal, assim como os demais órgãos da administração direta do Poder Executivo, está vinculada à rotina operacional estabelecida pelo Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape), as faltas ocorridas no período de 9 a 30 de abril serão processadas e descontadas na folha do mês de maio”, informou o Fisco.

Ontem, auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) pararam por 24 horas. O protesto aconteceu no Distrito Federal e em outros estados do país. Na sede do órgão, no Setor de Autarquias Sul, em Brasília, os servidores estenderam faixas e fizeram corpo-a-corpo tentando convencer o colegas a aderir ao protesto. Os funcionários da CGU estão em campanha salarial e exigem mais agilidade da Secretaria de Recursos Humanos (SRH) na formulação da proposta de aumento.