Centrais sindicais realizam, em Brasília, 6ª Marcha da Classe Trabalhadora

  Manhã de quarta-feira (11/11) movimentada em Brasília. As centrais sindicais Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) ocupam a Esplanada dos Ministérios para a realização da 6ª Marcha da Classe Trabalhadora 2009.

  Os trabalhadores se concentraram no Estádio Mané Garrincha. De lá seguem pelo Eixo Monumental até o Congresso Nacional, onde será realizado o ato político. Os manifestantes reivindicam a aprovação, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95, que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas. A proposição já foi aprovada, em 30 de junho, pela comissão especial criada pelo presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB/SP).


  Para o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, a participação dos trabalhadores será expressiva, mas é apenas uma pequena parte dos milhões de trabalhadores que esperam a jornada de 40 horas semanais. “Vamos sensibilizar o Congresso Nacional, o presidente da Câmara Michel Temer e os líderes das bancadas para incluírem o projeto na pauta de votação”, disse.

  Os presidentes das seis centrais sindicais vão se reunir, a partir das 15 horas, com o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, para selar a entrega da pauta de reivindicações do movimento.

  As centrais sindicais têm utilizado a Marcha como um instrumento de pressão para obter conquistas. Entre elas estão a derrubada da Emenda 3 da Super-Receita, que dava início à retirada dos direitos trabalhistas permitindo a contratação dos trabalhadores como pessoas jurídicas; a legalização das centrais; atualização da tabela do Imposto de Renda e a política de valorização do salário mínimo que irá vigorar até 2023.

  Veja as reivindicações dos trabalhadores nesta Marcha:

* Redução da Jornada de Trabalho para 40 horas
* Valorização do salário mínimo – aprovação do PL 01/07;
* Ratificação das convenções 151 da OIT – negociação no serviço público;
* Ratificação da convenção 158 da OIT – contra a demissão imotivada;
* Não a precarização no trabalho – pela retirada dos PLS de terceirização – 4302/98 e 4330/04;
* Contra o trabalho análogo ao escravo – aprovação da PEC 438/01 e
* O pré-sal é nosso