Correio Braziliense
Publicado em 07/05/2011
Dez pessoas, entre ex-secretários executivos do Ministério da Saúde e diretores-executivos do Fundo Nacional de Saúde, receberam multas de R$ 5 mil a R$ 8 mil do Tribunal de Contas da União por problemas ligados ao escândalo das sanguessugas.
Por cinco votos a 1, os ministros do TCU entenderam que os ex-integrantes do poder público não exigiram a documentação necessária para a assinatura de convênios e não fiscalizaram os programas de forma adequada. Nesse tipo de convênio, o Executivo repassa recursos e os municípios compram os equipamentos. A prestação de contas ocorre depois.
A “máfia dos sanguessugas” fraudava a compra de ambulâncias e equipamentos hospitalares com dinheiro do Orçamento do Ministério da Saúde. Estima-se em mais de R$ 110 milhões os recursos desviados.
Desde que o grupo foi desbaratado, em maio de 2006, o Ministério Público Federal pediu à Justiça a abertura de ação penal contra centenas de ex-parlamentares, ex-prefeitos e servidores. Mais de 50 pessoas foram presas pela Polícia Federal durante o processo.
Entre os citados pelo TCU como passíveis de serem multados estão o atual prefeito de Piracicaba, Barjas Negri (PSDB), o diretor da Anvisa, Agenor Álvares, e o diretor do Fundo Nacional de Saúde, Arionaldo Bonfin Rosendo. Eles podem recorrer das multas.