Conselho de Delegados delibera pelo ajuizamento

 

A cada edição de concurso público na CGU repetem-se os mesmos problemas referentes à ausência de regras estáveis assegurando aos servidores em exercício a possibilidade de movimentação, anteriormente à oferta de vagas ao público externo. Para o Diretor Jurídico do UNACON Sindical, Roberto Kodama, isso garantiria os interesses dos atuais servidores, o que não ocorre com a definição de vagas já no edital do concurso.


Com esse entendimento, o Conselho de Delegados Sindicais, reunido em Brasília na última semana, deliberou pelo ingresso de ação judicial visando corrigir as falhas recorrentes na remoção da CGU. Segundo o presidente Rudinei Marques, a votação unânime é manifestação inequívoca de que a categoria não aceita mais essas decisões unilaterais: “Há anos buscamos o diálogo, solicitando concursos de remoção sérios, a exemplo de outras carreiras de Estado que já equacionaram essa questão, mas a Gestão de Pessoal tem optado por ignorar os apelos dos servidores, não nos deixando alternativas, exceto a via judicial”, disse.

Para o Delegado Sindical do RS, Carlos Renato Correa Leite, “já não há mais desculpas para a base. Os filiados cansaram, e exigem um posicionamento firme do Sindicato. Precisamos preservar o direito tanto dos atuais quanto dos futuros servidores, porque, daqui a alguns anos, eles também estarão pleiteando remoção, e os avanços de agora serão aproveitados por todos”. Na avaliação do Diretor Filipe Leão, “a ausência de pessoal no Órgão Central não é justificativa aceitável para não se resolver um problema tão antigo como esse do concurso de remoção, pois em toda a CGU há carência de servidores”.

Submetida à votação plenária, a proposta de ajuizamento obteve unanimidade entre os Delegados Sindicais vinculados à CGU, sendo que os dirigentes vinculados ao Tesouro Nacional optaram pela abstenção.