Às 16h desta quarta-feira, 13, teve início a 3ª reunião de negociação salarial com a Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento. Analistas e Técnicos de Finanças e Controle estiveram representados pelo presidente do UNACON Sindical, Rudinei Marques, e pelo diretor Filipe Leão.
A mesa setorial do Ciclo de Gestão e do Núcleo Financeiro foi instalada no dia 12 de abril, quando entidades apresentaram sua proposta salarial. Depois disso, em 11 de maio, nova reunião deixou claro que o reajuste não era prioridade do Governo. Ao longo de maio foram realizadas três manifestações conjuntas das carreiras de Estado, nos dias 3, 9 e 30, com o intuito de demonstrar a insatisfação com o rumo das negociações.
A reunião desta quarta-feira demostrou que essa mobilização não foi suficiente para sensibilizar o Governo, que insiste em ignorar as reivindicações dos servidores. O Secretário Sérgio Mendonça disse aos dirigentes que “não há definição de parâmetros remuneratórios para qualquer segmento”. E complementou: “No último mês a situação econômica internacional se deteriorou muito, com reflexos no Brasil, e, diante deste quadro, o Governo está tendo cautela, pairando indefinição quanto aos parâmetros de negociação”.
Léo Mello, do SINDCVM, lembrou a frustração das negociações salariais de 2011, com 8 reuniões estéreis, observando que a situação está se repetindo novamente. Sérgio Belsito, do SINAL, disse que o Governo parece só entender a linguagem da pressão: “Os professores estão em greve e já têm sinalização de reajuste. Os médicos protestaram e o governo recuou na Medida Provisória 568”.
Rudinei Marques, em sua fala, cobrou um tratamento respeitoso e isonômico às carreiras de Estado, afirmando que as entidades não vão aceitar caladas a corrosão dos salários. “Gostaria que a SRT disponibilizasse as atas de todas as reuniões de 2011 e de 2012, pois um dos requisitos para greve é a comprovação de que as negociações foram frustradas, como de fato está ocorrendo”, cobrou.
A Secretária Marcela Tapajós insistiu, por fim, que os reajustes dos últimos nove anos serão observados no caso de cada segmento. Afirmou, ainda, que as peculiaridades de cada carreira serão observadas durante o processo negocial, o que suscitou preocupação aos dirigentes, que não aceitam retrocesso na relação remuneratória entre as carreiras de Estado.
Ao final da rodada, Mendonça afirmou que não teria qualquer proposta a apresentar nas próximas duas semanas. Em resposta, os dirigentes informaram que a situação será submetida à avaliação das bases, pois todas as entidades têm assembleias agendadas para a próxima segunda-feira, dia 18 de junho.