por Redação
Foi apresentado pelo governo nesta sexta-feira (13), proposta de reajuste salarial para os professores, na tentativa de encerrar a greve que já dura quase dois meses. A categoria mais beneficiada são os professores com doutorado e dedicação exclusiva, com reajuste médio de 24% a 45%.
A média salarial ficaria sendo do menor salário em R$ 8 mil e o maior, no topo da carreira, em R$ 17 mil, já para os que possuem mestrado, o menor valor ficaria em R$ 5,6 mil e o maior em R$ 7 mil.
O reajuste deverá ser pago em três parcelas até 2015. O sindicato deve submeter à proposta as bases para avaliarem, mas já adiantou que a oferta do governo não atende ao requisitado pela categoria.
Além do reajuste salarial, a proposta ainda contempla a redução dos níveis de carreira, para ascensão mais rápida. Porém, para a presidente do Sindicato Nacional dos docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira, a proposta feita pelo governo para o novo plano de carreira e reajuste salarial, ficou muito aquém do que foi proposto pela categoria.
De acordo com Marinalva, a proposta feita pelo governo beneficia principalmente os docentes que já estão no topo da carreira, o que representa um pequeno percentual dos docentes universitários. Neste caso, serão aqueles que possuem doutorado que sentirão mais o beneficio, o que no entendimento da presidente do sindicato, não auxilia como o almejado, já que a base da carreira continuará tendo dificuldades para progredir.
Uma nova reunião entre representantes e governo está marcada para o dia 23 de julho. A greve continuará até que haja consenso. A paralisação já atinge 57 das 59 universidades federais, e 34 dos 38 institutos federais de educação e tecnologia.