Servidores da CGU realizam manifestação na Capital

Categoria está paralisada por 48 horas. Analistas e técnicos se concentraram nas escadarias do Chocolatão

Os analistas e técnicos da Controladoria Geral da União (CGU) realizaram nesta terça-feira uma manifestação em frente ao prédio do Ministério da Fazenda, em Porto Alegre. O presidente regional do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon/RS), Carlos Renato Leite, disse que a categoria não tem reajuste salarial há quatro anos.

Entre as principais reivindicações estão recomposição salarial, que, segundo o sindicato, acumula perdas de 22% em média, além da retomada de concursos públicos e reestruturação da carreira. Para chamar a atenção do governo, a categoria decidiu paralisar as atividades nessa segunda e terça-feira.

Durante o protesto nas escadarias do Chocolatão, na avenida Loureiro da Silva, os servidores contaram com apoio de funcionários do Ministério da Fazenda e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Eles repudiam o decreto 7.777, publicado em 24 de julho, que permite a substituição de servidores federais em greve por funcionários estaduais ou terceirizados.

Devido à paralisação de duas horas, deixaram de ser realizados serviços de planejamento, emissão de ordens de serviço e execução de fiscalizações e auditorias relacionadas à 36ª edição do Programa de Fiscalização a partir de sorteios públicos.

No Rio Grande do Sul, foram sorteados os municípios de Butiá, São Pedro de Butiá, Manoel Viana e Estrela Velha. Cerca de 50 profissionais da CGU atuam no Rio Grande do Sul. Em todo o Brasil a categoria é composta por 2,3 mil servidores.

Nesta quarta-feira, é a vez dos funcionários da Receita Federal paralisarem as atividades em Porto Alegre. O presidente da delegacia sindical em Porto Alegre do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), Vilson Antônio Romero, disse que será suspenso o atendimento ao público no prédio do órgão na Capital.

Além disso, os servidores decidiram realizar o Dia de Protesto Fora da Repartição na zona secundária, com manutenção da operação-padrão nos portos, aeroportos e unidades de fronteira.