A paralisação dos servidores está custando caro ao setor produtivo. Levantamento realizado pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) mostra que as empresas terão de arcar com despesas adicionais de pelo menos R$ 12 milhões por dia para manter navios parados nos portos brasileiros por falta de atendimento adequado. Atualmente, 150 embarcações esperam para atracar ou descarregar no Brasil.
Segundo a AEB, o custo de um navio parado gira entre US$ 30 mil e US$ 80 mil por dia, valor repassado aos importadoras e exportadoras. Estimando um gasto médio de US$ 40 mil, os 150 navios parados já totalizariam um custo adicional US$ 6 milhões, o equivalente a R$ 12 milhões. “Enquanto outros países buscam aumentar o nível de atividades, reduzir custos e elevar a competitividade de seus produtos, o Brasil age em sentido contrário, restringindo atividades, elevando gastos e reduzindo sua competitividade externa”, ressaltou a entidade por meio de nota.
Na avaliação da AEB, o governo precisa agir rápido para pôr fim ao atual impasse. A associação destacou, porém, que as paralisações de funcionários que trabalham nos portos têm sido recorrentes nos últimos anos, o que prejudica o comércio exterior. Entre as categorias que atuam nas aduanas estão servidores da Receita Federal, técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e fiscais agropecuários. Entre os problemas ocasionados pelos movimentos aparecem as perdas de receitas cambiais e o desabastecimento de produtos essenciais.