Agência O GloboPor Cristiane Bonfanti ([email protected]. | Agência O Globo
BRASÍLIA – A União das Carreiras de Estado (UCE), que reúne 22 categorias, informou que, após ouvir os sindicatos nos estados, decidiu, na manhã desta sexta-feira, rejeitar a proposta de reajuste de 15,8%, parcelada em três anos, apresentada pelo governo. Pedro Delarue, coordenador da UCE, pediu que o governo encontre uma brecha na agenda do secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, para discutir o assunto neste sábado. Até o momento, somente os servidores técnicos administrativos das universidades federais fecharam acordo com base neste índice.
Na opinião de Pedro Delarue, o índice vai cobrir, no mínimo, a inflação dos próximos anos.
– A proposta nesse patamar desconsidera tudo o que ficou para trás. O último acordo foi em 2008 – afirmou o sindicalista, que também preside o Sindifisco, sindicato dos auditores fiscais da Receita Federal.
Somente nas assembleias da base do Sindifisco nos estados, 98,6% dos presentes votaram contra a proposta do governa. Os servidores prometem continuar os protestos mesmo depois de 31 de agosto, prazo do envio da proposta orçamentária para o Congresso Nacional. Eles alegam o projeto de lei pode ser modificado por meio de emendas parlamentares. Além disso, os sindicatos sabem que, se fecharem acordo com previsão de parcelamento, dificilmente serão chamados para negociar nos próximos três anos.
Em busca de um reajuste de 30,18%, os auditores fiscais da Receita Federal realizam operações padrão nos portos desde 18 de junho, com retenção de cargas e formação de filas. O Sindifisco informou que, em Foz do Iguaçu (PR), os servidores decidiram dar uma pausa na mobilização, devido à tensão causada nesta quinta-feira. Por causa do atraso na liberação de cargas na estação aduaneira, foram os caminhoneiros que fizeram protesto e fecharam a entrada da estação
A UCE reúne 22 categorias, entre elas: analistas de comércio exterior, delegados da Polícia Federal, auditores fiscais da Receita, servidores da carreira do Ministério do Planejamento , auditores fiscais do Trabalho, servidores do Ipea, especialistas em políticas públicas e gestão governamental servidores da Comissão de Valores Mobiliários.