Eduardo Rodrigues, presidenteda ASSECOR, falando pelo Ciclo de Gestão e Núcleo Financeiro, manifestou o desconforto do grupo com a indefinição dos prazos de negociação: “primeiro disseram que a data fatal seria 31 de julho, depois 31 de agosto, agora a imprensa diz que o governo pretende encerrar até amanhã, e isso causa transtorno às categorias que, como as nossas, apresentaram reivindicações alternativas na última reunião e até o momento não obtiveram resposta para ser submetida às bases”. Na oportunidade, o dirigente apresentou à SRT contraproposta de 6%, 8% e 10%, a serem implementados, respectivamente, em janeiro de 2013, 2014 e 2015, dizendo que a UCE aguardará um posicionamento do governo até segunda-feira, para que a proposta final seja submetida às categorias na terça-feira e, então, cada sindicato possa se manifestar definitivamente na noite da própria terça ou na quarta-feira pela manhã.
Marcos Leôncio, presidente da ADPF, demonstrou a insatisfação do grupo com a forma com que ogoverno vem tratando os servidores e o serviço público federal, estabelecendo um tensionamento desnecessário que a todos traz prejuízos. “Estamos decepcionados com os desdobramento dessas negociações. Precisamos construir um ambiente mais civilizado. O governo está tratando os servidores como delinquentes, e isso é prejudicial para o país”, disse.
O Secretário Sérgio Mendonça disse concordar com muitos dos argumentos apresentados pelos dirigentes. “Não vejo nada de positivo em satanizar os servidores públicos. Meu pai foi servidor, e tenho muito orgulho disso”, contemporizou. Mendonça disse ainda que, em relação à contraproposta, a orientação recebida era a de ratificar os 15,8%, mas que, como negociador, levará o assunto ao governo e dará palavra final na segunda-feira. Reafirmou, no entanto, que as categorias que não firmarem acordo voltarão a negociar em 2013 reajustes para 2014, dentro dos limites orçamentários e observando os acordos firmados neste ano.
Para Rudinei Marques,presidente do UNACON Sindical, a aceitação de outra proposta demonstraria boa vontade de ambas as partes, governo e sindicatos, e viabilizaria acordos com praticamente todas as categorias do serviço público federal. Pela Diretoria Executiva Nacional também estiveram presentes Márcia Uchôa e Júlio Possas.