Presidente do Sinpef, Jorge Luiz Ribeiro Caldas da Silva diz que cerca de 200 agentes estão em greve em MS
Agentes, papiloscopistas e escrivães da Polícia Federal recusaram a proposta do aumento salarial do governo federal. Eles farão reunião nesta quarta-feira (29), em Brasília, com a Federação da Polícia Federal para decidir se continuam ou não com a greve em todo o país. O sindicato da PF de Mato Grosso do Sul informou que a categoria cobrará a substituição do atual diretor-geral Leandro Dallo.
A greve completou 22 dias. Em Mato Grosso do Sul, a emissão dos passaportes está sendo feita normalmente, mas foram afetadas as investigações de rotina e as operações de combate à corrupção e ao crime organizado e ao do tráfico de drogas e armas nas fronteiras.
Em entrevista ao Capital News, o presidente do sindicato da PF, Jorge Luís Ribeiro Caldas, informou que a categoria dispensa o reajuste neste ano, mas não abre mão da reestruturação da carreira e sua equiparação com as demais de nível superior. “Somos nível superior e recebemos subsídios de nível médio, isto não é correto, queremos receber subsídios de nível superior”, explica.
Falta de Infraestrutura
Caldas falou que nos últimos dois anos caiu acentuadamente o número de operações e prisões realizadas pela Polícia Federal em decorrência da falta de estrutura, viaturas em péssimas condições e pouco efetivo. “Em 2011 foram realizadas 266 operações e presos 2.089 criminosos. Neste ano, foram 70 operações e 314 presos. – uma queda de mais de 50% nos trabalhos da Polícia Federal”, ressalta.
A situação mais crítica acontece nas delegacias de Ponta Porã e Corumbá, região da fronteira, que trabalha com o efetivo reduzido no Estado e a estrutura sucateada. “Hoje uns 35 agentes trabalham na fronteira, quando o ideal seria 120 policiais. Os servidores não têm a menor infraestrutura nas delegacias para combater o crime organizado”, finaliza.
Fonte: Karin Seben – CapitalNews (www.capitalnews.com.br)