Diretoria conversa com novos servidores na Esaf

Em sua explanação, Marques traçou um histórico da luta sindical da entidade, destacando o papel do Sindicato na  criação da carreira e na estruturação do sistema federal de controle interno. Comentou a revitalização da entidade a partir da posse da atual Diretoria Executiva Nacional – DEN, com a retomada do protagonismo político-sindical e, em decorrência, o incremento significativo do número de filiações. “Desde que assumimos, cerca de 150 servidores voltaram ao quadro associativo, o que muito nos honra e representa um reconhecimento do nosso trabalho”, disse.

A seguir, foi abordada a campanha salarial de 2012, que culminou na assinatura do Termo de Acordo nº 20/2010. Segundo Marques, o movimento evidenciou a importância dos sindicatos, pois em todas as rodadas de negociação foi respeitado o princípio da unicidade sindical consagrada na Constituição Federal. “Para o governo, as carreiras de Estado já estavam com um patamar remuneratório elevado. Assim, a intenção inicial do Planalto era conceder reajuste zero ao segmento. Buscamos, então, unir forças com outras entidades, dando origem à União das Carreiras de Estado – UCE, que foi o grande diferencial desta campanha. A coesão do grupo foi decisiva para a realização de mobilizações conjuntas, investimentos em mídia e, sobretudo, para enfrentar o cenário adverso de restrição ao exercício do direito de greve”, resume.

Marques destacou, ainda, questões em relação às quais o Sindicato precisa estar atento, como a regulamentação do Funpresp, da Convenção nº 151/OIT e do direito de greve no setor público, assim como a eventual implementação do Sidec. Além disso, apontou problemas internos da CGU que devem ser equacionados, como questões de infraestrutura, condições de trabalho, efetividade das ações de controle, deficiência nos programas de capacitação, sobrecarga de trabalho, dentre outros.

Questionado especificamente quanto à implementação do horário flexível, o dirigente manifestou-se favoravelmente, lembrando que a flexibilização da jornada e o teletrabalho já são uma realidade na inciativa privada e em vários órgãos públicos. “Nesse cenário, considero inevitável sua implantação. Porém, nos últimos meses, surgiram alguns entraves que prejudicaram o avanço do tema. Estamos conversando com a Secretaria-Executiva da CGU para superar esses obstáculos, visando atender essa já antiga reivindicação dos servidores da Casa”, frisou.

Filipe Leão, por sua vez, esclareceu questões relativas ao número de filiados ao Sindicato. “Hoje somos 3.664, entre ativos, aposentados e pensionistas. Por óbvio, há mais filiados da CGU do que do Tesouro, pois o Controle conta com mais de dois terços da carreira. Na CGU, 53% dos filiados ativos são AFC’s, e 47% são Técnicos. Já no Tesouro Nacional, entre os ativos, essa relação se inverte. Contudo, há equilíbrio no geral se considerarmos filiações de Analistas e Técnicos ativos e também aposentados. Nossa meta é a filiação de cem por cento da carreira. Trabalhamos pesado para isso acontecer e estamos avançando rápido”, comemorou.

Na oportunidade, os novos servidores foram presenteados com pastas exclusivas do UNACON Sindical, contendo as últimas três edições do Informativo Finanças & Controle, com encarte das novas tabelas de subsídio e a prestação de contas da campanha salarial. Foi entregue, ainda, a programação do II Congresso Nacional da Carreira Finanças e Controle – CONACON, assim como foram abertas 15 vagas para participação no evento.