“Não faz qualquer sentido que a CGU queira compensar a conhecida carência de pessoal com a instalação de catraca eletrônica”, diz Rudinei Marques, presidente do Unacon Sindical, ao concordar com as reivindicações dos servidores locais contra rígido sistema de frequência. O encontro foi realizado no dia 5 de junho, pelo projeto Unacon Itinerante. Atuação político-sindical e nomenclatura também estiveram na pauta da reunião. Márcia Uchôa, vice-presidente da entidade, também representou a Diretoria Executiva Nacional (DEN).
Segundo Marques, o anúncio da instalação de ponto eletrônico pelo atual Secretário-Executivo da CGU, Carlos Higino, logo após assumir o cargo, contribuiu para a degradação das relações de trabalho no Rio de Janeiro. “Certamente, a medida suscitou um clima de desconfiança. O órgão vem cumprindo rigorosamente suas metas institucionais. Nossos trabalhos são de alta qualidade, inclusive com reconhecimento internacional”, declara após ouvir os servidores a respeito do clima organizacional local. O presidente ainda sugeriu a realização de uma avaliação profissional do ambiente de trabalho após a troca de chefias, prevista para o mês de agosto.
“Os filiados encaram com muita contrariedade, essa medida unilateral da CGU. É preciso atualizar as minutas que rezam sobre horário flexível e, se possível, adaptá-las ao modelo da Receita Federal, que trabalha com home office”, declara Carlos Gil, delegado Sindical do RJ.
“Todos os registros serão encaminhados à CGU”, lembra Uchôa. A vice-presidente aproveita e saúda a presença maciça dos servidores na reunião agendada com apenas dois dias de antecedência. “A atual gestão do Unacon Sindical está fazendo tudo a que se propôs na campanha eleitoral. Inclusive, no que diz respeito à presença nas regionais. É muito importante contar com a participação de todos neste processo de mudança e projeção da carreira”, diz.
Informes sobre o caso do professor Pinguelli (saiba mais aqui) e os desdobramentos da Nota Pública do Sindicato, também foram passados. Até o dia 5 de junho, a nota teve mais de 600 acessos no site do Sindicato, além da divulgação nos sites de entidades que representam carreiras de Estado. Na página do Facebook (http://facebook.com/UnaconOficial), o documento teve um alcance de mais de 1 mil e 100 perfis.
NOMENCLATURA
Sobre o tema, o Sindicato informou que aguarda apenas posicionamento do Tesouro Nacional. “Quanto à CGU, o ministro Jorge Hage já sinalizou positivamente. Mas a cúpula da STN ainda não está convencida dessa necessidade, apesar dos servidores terem votado a favor das novas denominações (recorde aqui). A carreira deve manter sua unidade, como deliberado no II Conacon. Mas, na pior das hipóteses, altera-se apenas a denominação dos cargos da CGU”, avisa Marques, mas tranquiliza: “ainda buscamos entendimento”.