Na noite desta quinta-feira, 16 de outubro, entidades de classe e servidores públicos de Brasília reuniram-se, a convite, com o ex-secretário de Estado de Coordenação de Investimentos de Minas Gerais e coordenador do tema “gestão” da campanha tucana, Fuad Noman, para saber mais sobre o “choque de gestão” e as mudanças propostas para o funcionalismo federal. O Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) foi representado pelo secretário-geral e presidente do Unacon Sindical, Rudinei Marques.
De início, Noman discorreu sobre o “choque de gestão” no governo mineiro, com redução de secretarias, austeridade fiscal e incentivos à produtividade dos servidores. “Em pouco tempo, conseguimos equilibrar as contas”, relatou. “A orientação de Aécio sempre foi a de cumprimento rigoroso do orçamento, e uma orientação clara de melhoria dos serviços públicos: menos Estado, mais cidadão”, concluiu.
Em sua intervenção, Marques condenou a elevada quantidade de requisitados na Administração Federal, que conta com mais de 11 mil funcionários de empresas públicas e sociedades de economia mista, sem que sejam submetidos ao teto remuneratório, onerando os cofres da União em torno de R$ 600 milhões anuais, quando existem profissionais de carreira tão bem ou melhor qualificados para o exercício dessas funções. Noman respondeu que, em alguns casos, é inevitável trazer especialistas de outros órgãos, citando o esforço inicial para criação do SIAFI.
O secretário-geral questionou, ainda, se um eventual governo Aécio Neves regulamentaria a Convenção 151 da OIT, estabelecendo regras para a negociação coletiva no serviço público, com fixação de data base e definição do direito de greve. Perguntou também se, caso eleito, o presidenciável garantiria a recuperação das liberações para o exercício de mandato classista. Fuad Noman foi objetivo na resposta: “Teremos regras para a negociação coletiva no serviço público, pois isso consta em nosso programa de governo. Quanto às liberações para mandato classista, acho justo e teremos um modelo semelhante ao adotado em Minas, com liberação para alguns cargos, sem excessos”.
AGENDA COM PRESIDENCIÁVEIS
Com esse encontro, o Fonacate cumpre integralmente seu propósito de reunir-se e entregar sua Carta Programa aos três candidatos com chances reais de eleição à Presidência da República. Foram duas reuniões com a coordenação de Aécio Neves (leia mais aqui); duas reuniões com a coordenação de Dilma Rousseff (leia mais aqui e aqui); uma reunião preparatória e o próprio encontro com Marina Silva (leia mais aqui).
Com informações: Ascom/Fonacate
Foto: Ascom/Anesp