Servidores denunciam: “CGU abandona papel anticorrupção”

 

Os servidores de São Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará denunciam: “CGU abandona o papel anticorrupção”. A Diretoria Executiva Nacional (DEN) registrou o desconforto sobre o papel do órgão, nas últimas edições do programa Unacon Itinerante. A incerteza sobre o papel da Controladoria assombra a carreira. Rudinei Marques, Márcia Uchôa e Filipe Leão representaram a DEN nas visitas realizadas entre os dias 24 e 28 de abril. Os encontros foram organizados pelos presidentes das regionais, Edilberto Barreto (Unacon-Regional/CE), Carlos Renato Correa Leite (Unacon-Regional/RS) e Sérgio Takibayashi (Unacon-Regional/SP).

 

Dentre os temas de destaque, o papel institucional e dos rumos da CGU dominou as discussões. “Há uma preocupação generalizada – e, mesmo, certa desconfiança – em relação ao caminho que a CGU vai tomar daqui em diante. Muitos consideram ser um grande erro abdicar do papel anticorrupção para encetar ações de orientação de gestão. Poucos estão confortáveis com o fato de que a carreira está sendo ignorada nos debates da cúpula sobre o redirecionamento das ações de controle”, explicou Leão.

 

No tocante à Campanha Salarial de 2015, a avaliação é a de que, inobstante o cenário esboçado pela grande mídia, os servidores não podem pagar a conta do desajuste fiscal. Marques relembrou as reuniões de 20 de março (leia mais aqui), com o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, e 23 de abril (leia mais aqui), com a Secretaria de Relações de Trabalho (SRT) da Pasta. “O governo reconheceu que houve perdas inflacionárias com os reajustes de 2013 a 2015. O ministro apresentou o calendário de negociações e afirmou que o governo pretende fazer acordo plurianual. Mas somente poderemos garantir que este reajuste seja suficiente com mobilização e luta”, alertou.

 

Quanto ao ponto eletrônico, dirigentes sindicais e servidores condenam a forma autoritária e antidemocrática com a qual a CGU vem tratando do assunto. “Apesar de promover a transparência pública, no trato com seus servidores, a CGU é um órgão que não prima pelo diálogo. As decisões são impostas – e o pior, por dirigentes oriundos de outras carreiras, que disputam espaço e prerrogativas com a nossa – sem que tenhamos qualquer oportunidade de manifestação diversa”, criticou Uchôa.

 

Os anteprojetos de revitalização da carreira e de criação das funções comissionadas da CGU, a reestruturação do cargo de Técnico de Finanças e Controle (TFC) e a necessidade emergencial de concurso, dentre outros temas, também entraram em debate.

 

Incerteza sobre o papel do órgão assombra a carreira. Desconforto foi registrado em reunião nas regionais de São Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará

Os servidores de São Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará denunciam: “CGU abandona o papel anticorrupção”. A Diretoria Executiva Nacional (DEN) registrou o desconforto sobre o papel do órgão, nas últimas edições do programa Unacon Itinerante. A incerteza sobre o papel da Controladoria assombra a carreira. Rudinei Marques, Márcia Uchôa e Filipe Leão representaram a DEN nas visitas realizadas entre os dias 24 e 28 de abril. Os encontros foram organizados pelos presidentes das regionais, Edilberto Barreto (Unacon-Regional/CE), Carlos Renato Correa Leite (Unacon-Regional/RS) e Sérgio Takibayashi (Unacon-Regional/SP).

Dentre os temas de destaque, o papel institucional e dos rumos da CGU dominou as discussões. “Há uma preocupação generalizada – e, mesmo, certa desconfiança – em relação ao caminho que a CGU vai tomar daqui em diante. Muitos consideram ser um grande erro abdicar do papel anticorrupção para encetar ações de orientação de gestão. Poucos estão confortáveis com o fato de que a carreira está sendo ignorada nos debates da cúpula sobre o redirecionamento das ações de controle”, explicou Leão.

No tocante à Campanha Salarial de 2015, a avaliação é a de que, inobstante o cenário esboçado pela grande mídia, os servidores não podem pagar a conta do desajuste fiscal. Marques relembrou as reuniões de 20 de março (leia mais aqui), com o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, e 23 de abril (leia mais aqui), com a Secretaria de Relações de Trabalho (SRT) da Pasta. “O governo reconheceu que houve perdas inflacionárias com os reajustes de 2013 a 2015. O ministro apresentou o calendário de negociações e afirmou que o governo pretende fazer acordo plurianual. Mas somente poderemos garantir que este reajuste seja suficiente com mobilização e luta”, alertou.

Quanto ao ponto eletrônico, dirigentes sindicais e servidores condenam a forma autoritária e antidemocrática com a qual a CGU vem tratando do assunto. “Apesar de promover a transparência pública, no trato com seus servidores, a CGU é um órgão que não prima pelo diálogo. As decisões são impostas – e o pior, por dirigentes oriundos de outras carreiras, que disputam espaço e prerrogativas com a nossa – sem que tenhamos qualquer oportunidade de manifestação diversa”, criticou Uchôa.

Os anteprojetos de revitalização da carreira e de criação das funções comissionadas da CGU, a reestruturação do cargo de Técnico de Finanças e Controle (TFC) e a necessidade emergencial de concurso, dentre outros temas, também entraram em debate.