O Unacon Sindical abre a rodada de negociação da Campanha Salarial de 2015 apresentando pauta de reivindicações da carreira de Finanças e Controle. Realizada na manhã desta quinta-feira, 7 de maio, o encontro teve como objetivo apresentar demandas para avaliação do governo. O pedido pela construção de soluções dialogadas foi bem recebido por Sérgio Mendonça, Secretário de Relações de Trabalho do ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT). Rudinei Marques, Filipe Leão, Daniel Lara e Júlio Possas representaram a Diretoria Executiva Nacional (DEN) na reunião. Wander de Freitas (Unacon-Regio/ES), vice-presidente do Conselho de Delegados Sindicais (CDS), também participou do encontro.
REALINHAMENTO REMUNERATÓRIO
O Unacon Sindical e demais entidades de classe do Ciclo de Gestão apresentaram à SRT proposta de realinhamento remuneratório das carreiras de Estado, para evitar a migração indesejada de quadros qualificados. Na consideração do grupo, a existência de uma tabela única para as carreiras desse segmento só traria benefícios aos serviço público.
QUESTÃO DE HONRA
A recomposição remuneratória e do quadro de pessoal do cargo de Técnico de Finanças e Controle (TFC) também foi tratada na pauta específica (anexo abaixo). A correlação do cargo de TFC em 70% do cargo de Analista de Finanças e Controle (AFC) foi apresentada como questão de honra para o Sindicato. “São profissionais extremamente qualificados que merecem um olhar especial do governo”, reafirma Marques.
PONTO ELETRÔNICO
A inconformidade da carreira com a implementação unilateral do ponto eletrônico na CGU também foi levada ao Planejamento. Em pauta, o pedido de suspensão imediata do sistema, que ainda está sendo discutido em todo o país, como na Assembleia realizada no Distrito Federal nesta quarta-feira. (relembre aqui)
“As recomendações da SEGEP, em reunião que tivemos em 23 de janeiro de 2014, foram em vão, pois a CGU implementou tudo o que o Planejamento considerou indevido”, afirmou Marques, em referência à reunião realizada entre Unacon Sindical, SEGEP, SRT e CGU no início do ano passado. (relembre aqui)
O Secretário de Relações de Trabalho prontificou-se a intermediar o conflito com o Órgão. “Particularmente, sou bem simpático à ideia de flexibilização da jornada. Embora a discussão seja pesada, vocês tem um papel estratégico capaz de fomentar este debate”, sugeriu. Para o Sindicato, a iniciativa da CGU é meramente burocrática e em nada acrescenta à produtividade da Casa, ao contrário, deteriorou o clima organizacional em todo o país, em prejuízo às funções institucionais.
REAJUSTE LINEAR
Para os dirigentes do Ciclo de Gestão, a recomposição das perdas inflacionárias é o mínimo a ser feito neste momento. "Por isso, ratificamos o índice de correção imediata das perdas inflacionárias, de 27,3%, apresentado pelo Fórum de Servidores Federais, assim como a necessidade de uma política salarial permanente no serviço público", disse Marques, em nome do grupo.
Segundo Mendonça, a ideia é de que a despesa de pessoal guarde uma proporção em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). “Estamos fazendo esse ciclo de conversas pra montar uma espécie de quebra-cabeça de todas as demandas, tanto das gerais como das setoriais e específicas, para que possamos, então, priorizar o que for possível diante do espaço fiscal e orçamentário avaliado pelo governo para o ano que vem”, esclarece.
Mendonça também sinalizou a possibilidade de realização de uma negociação plurianual criativa, que permita retomar a discussão, caso os cenários econômicos não se confirmem. “Tivemos um desgaste na última negociação plurianual. As projeções feitas infelizmente não se confirmaram e os servidores tiveram reajustes abaixo da inflação”, reconhece.
PRÓXIMA RODADA
Nova rodada de negociação será agendada para o início de junho. Em resposta, o grupo esclareceu que as mobilizações já começaram em todo o país e tendem a se intensificar nas próximas semanas, não estando descartadas paralisações dos servidores.