Paralisar a gestão pública. É como os servidores públicos federais pretendem reagir à ausência, até o momento, de qualquer sinalização do governo federal quanto à reposição das perdas inflacionárias acumuladas. O indicativo de paralisação conjunta por tempo indeterminado foi definido em reunião a portas fechadas do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) na tarde do dia 9 de junho. O enfrentamento está previsto para o mês de julho. O Correio Brasiliense divulgou o encontro nos dias 9 e 10 de junho. Diário de Pernambuco, Portal AZ, Correio MS, Estado do Maranhão e G1 de Roraima também repercutiram a agenda que inclui a pauta específica da carreira de finanças e controle.
Rudinei Marques, presidente do Unacon Sindical e secretário-geral do Fonacate, lembrou que ali estava presente o núcleo estratégico do governo. “Olhando os grandes números, é fácil deduzir que orçamento é uma escolha. Sem os empréstimos do BNDES a grandes empresas com juros subsidiados que, desde 2008, chegam a quase R$ 500 bilhões, sobraria dinheiro. Se fosse aprovada a taxação de grandes fortunas, o retorno seria de mais de R$ 100 bilhões, quase duas vezes as despesas com os 27,3%. Há mais de 10 mil funcionários requisitados com salários astronômicos que poderiam ser substituídos por servidores. São pequenos exemplos de onde o dinheiro pode vir”, disse Marques.
O Fórum representa mais de 180 mil servidores especialistas na área de planejamento, orçamento, arrecadação, fiscalização, controle e segurança, com atividades específicas e poderes para “movimentar ou paralisar a gestão pública”.
Os servidores pleiteiam o reajuste linear de 27,3%, que representa apenas 2% de ganho real considerando as perdas inflacionárias. As reivindicações, entretanto, não são apenas de cunho salarial. Mesmo assim, o governo tem se negado a negociar as pautas sem impacto financeiro que vão desde a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que versa sobre as relações de trabalho até a Definição de data-base em 1° de maio.
Além da pauta conjunta, o Unacon Sindical incluiu na pauta de negociação a reestruturação da carreira de finanças e controle, o encaminhamento do anteprojeto de lei de nomenclatura e atribuições ao Congresso Nacional e a revitalização do cargo de Técnico de Finanças e Controle (TFC).
Confira, abaixo, a íntegra da cobertura nacional.
Portal AZ – Servidores da CGU programam mobilização por melhoria salarial
Correio MS – CGU vai parar esta semana
Diário de Pernambuco – Sem 27,3% de reajuste, servidor fará greve
G1 Roraima – Em RR, analistas e técnicos da CGU se aliam à Mobilização Nacional
O Estado do Maranhão- Auditores da CGU param atividades por melhorias salariais e de trabalho
O Cabresto Sem Nó- Analistas e Técnicos de Finanças e Controle: Mobilização da carreira ganha impulso nos estados
Portal Rondônia- Servidores da CGU em Rondônia alertam sociedade sobre enfraquecimento do órgão
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