A reunião entre o Fórum dos Servidores Públicos Federais e a Secretaria de Relações de Trabalho do ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT) terminou sem acordo. Em uníssono, o grupo rejeitou a proposta de 21,3% em quatro anos, na tarde desta terça-feira, 7 de julho. Os dirigentes pedem a reelaboração da proposta e a retomada das mesas setoriais. Rudinei Marques e Filipe Leão representaram a Diretoria Executiva Nacional (DEN) no encontro.
Para Marques, aceitar a plurianualidade é subscrever novas perdas. Ele explica. “Em 2012, na última negociação plurianual, os percentuais de reajuste (três parcelas de 5%) foram menores que a inflação em todos os exercícios. Em 2013, a inflação chegou a 5,91%, em 2014, chegou a 6,41%, e, por fim, em 2015 a inflação vai superar 9%. É inaceitável”, argumentou.
Por outro lado, o governo mantém o discurso e julga razoável, o índice apresentado. “Não estamos estimando apenas o índice de 21,3% em quatro anos. Além do crescimento vegetativo da folha, as ações de reestruturação e concurso, por exemplo, estão na conta para fechar essa proporção dentro do PIB”, explicou Sérgio Mendonça, SRT do Planejamento.
Ainda assim, há intenção pelo acordo. “O governo sinaliza que, caso seja necessário, poderá alterar o PLDO e estender a data de 21 de agosto para a concretização de todos os acordos”, relatou Marques, após a reunião.
VIGÍLIA
Os Analistas (AFC) e Técnicos de Finanças e Controle (TFC) de todo o país estão em vigília desde o início da semana. A segunda edição do Dia Nacional de Mobilização teve como objetivo manter, nos servidores, o estado de alerta a respeito dos desdobramentos da Campanha Salarial de 2015.
Mesmo com Assembleia Geral Extraordinária (AGE) convocada para os dias 6 e 7 de julho, a direção nacional optou por não colocar o índice de 21,3% em regime de votação. “Aceitar a proposta tal como ela se apresenta hoje seria avalizar as perdas de 2012. O momento enseja mobilização da carreira. Foi o que, em 2012, reverteu a intenção de reajuste zero do governo”, relembrou Leão.
O Fórum dos Servidores Públicos Federais mantém o indicativo de paralisação conjunta no dia 22 de julho.