
Cinco meses após a abertura oficial da negociação com o governo, os servidores públicos federais ainda aguardam a apresentação da proposta final de reajuste. Sem data para a retomada da negociação, a Diretoria Executiva Nacional (DEN) do Unacon Sindical convocou Analistas (AFC) e Técnicos de Finanças e Controle (TFC) de todo o país para debater as expectativas para a reta final da campanha salarial. No Distrito Federal, a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) foi realizada na última sexta-feira, 20 (relembre aqui). As regionais têm até o fim da semana para convocar os servidores nos estados.
A insatisfação com a proposta de 21,3%, em quatro anos, é unânime. Em reunião com o ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão no dia 7 de julho, as entidades representativas do Serviço Público Federal registraram a rejeição do índice e pediram a reformulação da proposta (relembre aqui).
Depois, no dia 28 do mesmo mês, Sérgio Mendonça, secretário de Relações de Trabalho da Pasta (SRT), chegou a admitir a possibilidade de revisão. “A cada reunião extraímos novos elementos para formatar uma eventual nova proposta para o governo ou reafirmar a que já está aí”, afirmou (relembre aqui).
O delegado da Unacon Regional de São Paulo (Unacon-Regio/SP), Sergio Takibayashi, vê no cenário atual poucas perspectivas de melhora no índice. Opinião compartilhada também pelo delegado Sindical da Unacon Regional do Piauí (Unacon-Regio/PI), Eurípedes Andrade. “Acho que a proposta de 21,3% em quatro anos será mantida. Em contrapartida, o governo pode usar itens da pauta específica que não representem um impacto direto no orçamento como moeda de barganha, o que pode representar uma possibilidade de avanço na negociação da pauta da carreira”, analisa.
Até a edição deste texto, Bahia, Piauí, São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e Mato Grosso do Sul já haviam promovido a Assembleia.