Avaliação da mobilização em defesa da CGU marca primeiro dia de reunião

O primeiro dia da reunião do Conselho de Delegados Sindicais (CDS) teve início com a avaliação da mobilização em defesa do caráter ministerial da Controladoria-Geral da União (CGU). A linha do tempo publicada na edição especial do Informativo Finanças e Controle serviu de subsídio para a discussão do item 20 da pauta. A segunda edição de 2015 do encontro está sendo realizada em Florianópolis, Santa Catarina, nos dias 9, 10 e 11 de novembro.

 

Consenso entre os presentes, o movimento iniciado em agosto entrou para a história da carreira. Rudinei Marques, presidente do Unacon Sindical, atribuiu o sucesso da campanha à mobilização nacional. “Todos estão de parabéns. Foi impressionante a repercussão política e nos meios de comunicação. A carreira cresceu com esse episódio e a CGU sai fortalecida”, disse.

 

Mais de 60 organismos internacionais, 185 deputados federais, 40 senadores e, pelo menos, 115 matérias em veículos de comunicação do país. Após a apresentação, em números, da dimensão da articulação em defesa da CGU, a Diretoria Executiva Nacional (DEN) fez esclarecimentos aos dirigentes. No total, 12 delegados sindicais se inscreveram.

 

Para Filipe Leão, diretor de finanças do Sindicato, a carreira teve uma mudança de paradigma. “Do ponto de vista da mobilização interna, envolvemos quase todos os servidores. Isso é um imenso ganho politico para a carreira”.

 

Arivaldo Sampaio, delegado sindical do Distrito Federal, reconheceu o papel do Unacon Sindical no movimento. “Não podemos negar que foi o Sindicato que começou o trabalho. É preciso entender que se os servidores não vestirem a camisa, não atenderem ao chamado, nada sai. É a força da base que faz mover a situação. A propósito, é esta força que poderá, futuramente, contribuir na aprovação da Lei Orgânica da CGU”, disse, destacando as novas lideranças que o movimento revelou como outro ganho para a carreira.

 

“Nossa atuação não pode ficar restrita ao que a DEN demandar. Também precisamos tomar iniciativas”, complementou José Marcos, delegado sindical do Distrito Federal.

 

CAMPANHA SALARIAL

Os itens 4, 6 e 7 – Elaboração de proposta de Bônus de Eficiência, Informes da Campanha Salarial e Anteprojeto de transformação da carreira, respectivamente – também foram tratados no primeiro dia de reunião.

 

Marques garantiu que o recado à Secretaria de Relações de Trabalho do ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT) já foi dado. “Não vamos aceitar tratamento diferenciado em relação a outras carreiras de Estado”, informou. “Temos que respeitar o acúmulo da própria carreira sobre o tema”, refletiu Leão, a respeito de eventuais ganhos por resultado.

 

O governo trabalha com nova data para acordo. Até o fim de novembro, todas as carreiras devem ser convocadas para assinatura. Até lá, caso o Planejamento envie nova proposta, os termos serão submetidos à apreciação da carreira.