Os servidores públicos federais alertam que a possível mudança na data prevista para o pagamento da primeira parcela do reajuste, agosto de 2016, vai desencadear a maior “onda de paralisações da história do funcionalismo”. A indignação dos servidores com os rumores de que a equipe econômica do governo prepara uma Medida Provisória para adiar novamente o pagamento da primeira parcela, desta vez para dezembro do próximo ano, ganhou repercussão na edição impressa do jornal Correio Braziliense publicado nesta quinta-feira, 26 de novembro. Em entrevista, Rudinei Marques, presidente do Unacon Sindical e do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), criticou a manobra.
“Isso não é estratégia, é uma bagunça. Todos já sabiam, desde o início do ano, que as contas públicas ficariam nessa situação. Havia, portanto, tempo para planejamento. Diante dos boatos, vamos reunir as carreiras e partir para cima do governo, o que não fizemos em 2015, por compreender a situação de crise do país. Mas esse governo trabalha contra si”, afirma Marques.
Marques lembrou, ainda, que em 2007, mesmo sem destinar recursos suficientes para a recomposição salarial, o governo conduziu as negociações de forma “honesta”. “O Executivo deveria indicar o caminho, sem fazer o servidor de bobo”.
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