Categoria entra em estado de mobilização permanente

 

A carreira de Finanças e Controle se reuniu nesta quinta-feira, 7 de abril, para debater propostas salariais diferenciadas que vem sendo apresentadas pelo governo a carreiras correlatas do Executivo Federal. Grande adesão dos servidores marcou as atividades realizadas na Controladoria-Geral da União (CGU) e na Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Rudinei Marques ressaltou que, desde o surgimento das especulações sobre reajustes diferenciados para carreiras do núcleo estratégico, o Sindicato vem atuando para buscar a compensação financeira para Analistas e Técnicos de Finanças e Controle. “Estamos atuando em quatro frentes: intensificação do diálogo com os titulares da CGU e da STN; elaboração de estudos técnicos; articulação com outras carreiras; mobilização interna, com debates e definição de estratégias de ação”.

Segundo dados levantados pelo Unacon Sindical, a remuneração de outras carreiras de Estado pode ultrapassar em até R$ 20 mil a dos níveis iniciais do cargo de Analista de Finanças e Controle (AFC), em janeiro de 2017 (leia o estudo aqui). A irresignação dos servidores com a possibilidade de descolamento das tabelas salarias esteve em pauta na reunião com ministro-chefe da CGU, Luiz Navarro, no dia 17 de março, e, posteriormente, no dia 28, com secretário do Tesouro, Otávio Ladeira (relembre aqui e aqui).


Para Jailison Silveira, membro da Comissão de Representantes do Tesouro, o distanciamento remuneratório pode enfraquecer tanto a carreira quanto os órgãos nos quais desempenha suas atividades. “Precisamos estar mobilizados em favor da carreira, e a carreira precisa estar mobilizada em prol da país”, afirmou.

MOBILIZAÇÃO PERMANENTE

Os servidores do Tesouro Nacional decidiram entrar em estado de mobilização ativa permanente, com cumprimento rigoroso dos prazos regimentais, no caso de transferências de recursos a entes federados, e, ainda, com ações visando a entrega de cargos de direção, chefia e assessoramento.

PLANEJAMENTO

 

Nesta quarta-feira, 6, o Sindicato retomou o diálogo com o ministério do Planejamento, quando cobrou compromisso assumido pelos negociadores do governo de tratamento isonômico às carreiras de Estado (relembre aqui).

CARTA ABERTA


Durante a AGE, o Sindicato lançou uma Carta Aberta contra o desalinhamento remuneratório. No documento, endereçado ao ministro-chefe da CGU e ao secretário do Tesouro Nacional, a entidade aponta que o distanciamento salarial pode acarretar graves prejuízos institucionais.


“Nessa conjuntura de forte restrição fiscal, as propostas salariais para o grande conjunto dos servidores federais sequer cobriram a inflação do período. No entanto, duas áreas até o momento foram inexplicavelmente privilegiadas, quebrando o alinhamento remuneratório entre as carreiras de Estado”, reza trecho do texto.