Unacon Sindical reforça luta contra o adiamento do reajuste

Onze dias após a edição da Medida Provisória 849/2018, que suspende o pagamento de reajustes previstos em lei, a mobilização unificada das carreiras de Estado consolida ações de enfrentamento, tanto no Supremo Tribunal Federal (STF) quanto no Congresso Nacional.  Além do Unacon Sindical, primeira entidade a ingressar com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), duas associações, duas confederações e um partido político também questionam a constitucionalidade da MP no STF.  No Congresso, as entidades articularam junto aos parlamentares a apresentação de nove emendas supressivas globais.  Acompanhe, a seguir, o balanço do que fizemos até aqui. 

 

A reunião realizada na tarde do dia 3 de setembro marca o início da mobilização das entidades representativas das carreiras de Estado. Em conjunto, os dirigentes avaliaram o cenário e definiram a melhor estratégia de enfrentamento à medida (relembre aqui). As entidades voltam a se reunir na próxima terça, 18, para reavaliar a conjuntura e definir, se necessário, novas ações. 

 

NA JUSTIÇA

No dia 3 de setembro, o Unacon Sindical ingressou com a ADI 6005 no STF. Posteriormente, a Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Confederação Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Conacate), Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip) e Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP) também impetraram ADI’s contra dispositivos da MP 849/2018. 

 

Na peça inicial da ADI 6005, o Sindicato pede a distribuição, por prevenção, ao ministro Ricardo Lewandowski.  A relatoria, no entanto, foi distribuída por sorteio ao ministro Luiz Fux, mas deverá ser reenviada para Lewandowski, conforme previsão regimental.

 

Como relator das outras cinco ADI’s, Lewandowski determinou, na última quinta, 6, que o presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (MDB-CE), seja ouvido sobre o prosseguimento da tramitação da MP  849/2018, uma vez que mesma tem conteúdo idêntico ao da MP 805/2017, que caducou em abril deste ano. “O artigo 62, parágrafo 10, da CF/1988, determina que é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo”, cita o ministro no despacho. 

 

NO CONGRESSO

Com o despacho, as entidades intensificaram o trabalho parlamentar objetivando a devolução da MP 849/2018 pelo Congresso Nacional. Nesta segunda, 10, Rudinei Marques, presidente do Unacon Sindical, se reuniu com o senador Paulo Paim (PT-RS), que se comprometeu a levar a demanda ao senador Eunício Oliveira (MDB-CE). “Espero que ele atenda o nosso pedido e que essa MP seja rejeitada. Por segurança, apresentei uma série de emendas que corrigem os principais defeitos”, informou.

 

A ação preventiva também foi reforçada pelo Unacon Sindical. Em conjunto com as demais entidades interessadas no tema, o Sindicato articulou apresentação de nove emendas supressivas globais, que extinguem o inteiro teor da MP 849/2018, são elas:

 

EMENDA 4

Deputada Alice Portugal (PC do B-BA)

EMENDA 26

Senador Paulo Paim (PT/RS)

EMENDA 44

Senador José Pimentel (PT/CE)

EMENDA 53

Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá (PP/SP)

EMENDA 56

Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM)

EMENDA 63

Deputada Federal Erika Kokay (PT/DF)

EMENDA 68

Deputada Federal Erika Kokay (PT/DF)

EMENDA 72

Senador Paulo Paim (PT/RS)

EMENDA 74

Deputado Federal Izalci Lucas (PSDB/DF)

 

A supressão dos artigos que tratam especificamente da postergação do reajuste da carreira de Finanças e Controle, previsto na lei 13.327 de 2016, é objeto das emendas 11 e 30, de autoria do deputado André Figueiredo (PDT-CE) e do senador José Pimentel (PT-CE), respectivamente. 

 

O prazo regimental para o envio de emendas encerrou nesta segunda, 11. No total, 126 emendas foram protocoladas.